Licenciamento de veículos leves sobe 1,3% em agosto, a 169,7 mil unidades, segundo Anfavea

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São Paulo – Os licenciamentos de automóveis e comerciais leves aumentaram 1,3% em agosto de 2023, na comparação com o mesmo mês do ano passado, a 196.968 unidades, informou a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Ante julho, houve queda de 8,7%.

No acumulado do ano, os emplacamentos de leves somaram 1.347.378 de unidades, alta de 10,7% frente ao mesmo período de 2022.

Já os licenciamentos totais de veículos – que incluem automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus – somaram 207.743 unidades em agosto, queda de 0,4% em base anual e de 7,9% na comparação com o mês anterior. Sem o bônus do governo, as vendas totais seriam de 205 mil unidades, segundo a entidade.

A venda de caminhões recuou 25,5% em relação ao mesmo mês do ano passado, com o emplacamento de 9.314 unidades e avanço de 11,3% ante julho. No acumulado do ano, por sua vez, houve recuo de 14%, a 70.231 caminhões.

A Anfavea lembra que o programa da Medida Provisória 185 expira em 3 de outubro, ou seja, o setor tem 30 dias para utilização dos R$ 700 milhões para a linha de caminhões e ônibus. “Caso a MP não seja apreciada pelo Congresso, não teremos mais amparo legal para essas vendas”, comentou o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, em apresentação dos dados de agosto a jornalistas.

No setor de ônibus, os emplacamentos caíram 14,7% em base anual, a 1.461 unidades. Em relação a julho, a venda de ônibus teve baixa de 2,7%. No acumulado do ano, houve alta de 39,2% a 14.285 unidades.

EXPORTAÇÃO CAI

A receita com as exportações totais de veículos automotores e de máquinas agrícolas produzidas no Brasil somou US$ 975,985 milhões em agosto, queda de 6,5% ante o mesmo mês do ano passado. Na comparação com julho, houve queda de 1,9%, segundo a Anfavea.

PRODUÇÃO CAI

A produção de veículos leves foi de 215.283 unidades no mês passado, redução de 0,9% em base anual e aumento de 23,5% em base mensal, de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Já produção total de veículos – que inclui automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus – atingiu 226.954 unidades no mês de agosto, apontando uma queda de 4,6% ante o mesmo mês de 2022. Na comparação com o mês anterior, houve aumento de 24%,

No acumulado do ano, a produção total teve leve queda de 0,4% para 1.541.938 unidades, enquanto a produção de veículos leves nos 11 meses deste ano cresceu 2,7% para 1.464.903 unidades.

O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, disse que os países elevam a produção com foco na exportação. Após recuo na pandemia, a India voltou a aumentar a produção, a Coréia do Sul também. No ranking apresentado pela Anfavea, os maiores produtores são China, EUA, Japão, India, com China, ìndia e Indonésia em expansão.

A participação do Brasil nas importações mundiais caiu de 22,5% para 19,4%, de 2013 para 2022, enquanto China avançou 16,5 pp para 21,2%, India 2,9 pp para 5% e a Indonésia subiu 1,3 pp, de 0,2% para 1,5% de share no mesmo período.

“O Brasil está perdendo espaço no mercado global, que cresce, enquanto o Brasil mantém estabilidade”, disse Leite. “Precisamos ter um foco para não perder competitividade como estamos perdendo”, avalia.

POSTOS DE TRABALHO DIMINUEM

A quantidade de postos de trabalho na indústria automotiva recuou 3,3% em agosto na comparação com o mesmo mês de 2022, para 100.126 mil posições. Na comparação com julho de 2023, houve avanço de 0,5%, informou a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).