Não há meta para início de cortes nas taxas de juros, diz vice-presidente do BCE

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São Paulo – Em entrevista à emissora de rádio espanhola Cope nesta sexta-feira (15), o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, afirmou que não há uma meta definida para a redução das taxas de juros e que as expectativas do mercado de que o primeiro corte virá em junho de 2024 podem não se concretizar.

Guindos explicou que a especulação em torno da data do primeiro corte de juros é “uma aposta dos mercados” e que essa previsão está sujeita a uma série de fatores e dados econômicos. Ele enfatizou que a decisão do BCE dependerá de uma análise rigorosa da situação econômica da zona do euro, incluindo a evolução da inflação e outros indicadores.

O vice-presidente do BCE também justificou o mais recente aumento nas taxas de juros do Banco Central, que ocorreu na quinta-feira (14). Segundo Guindos, a inflação na zona do euro havia se reduzido consideravelmente, e a ação de elevar as taxas de juros era necessária para evitar que a inflação disparasse ainda mais, o que poderia levar a uma “situação de recessão”.

Ontem, o BCE anunciou um aumento de 0,25 ponto percentual (pp) em suas principais taxas de juros, marcando o décimo aumento consecutivo desde julho do ano anterior. Entretanto, o banco central indicou que essa nova restrição terá uma “contribuição substancial” para conter a inflação, o que aumentou as apostas em uma possível pausa no aperto monetário.