RADAR DO DIA: Atenção ao conflito no Oriente Médio, rendimentos dos Treasuries, indicadores, falas do Fed, BC e balanços

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São Paulo – Os investidores seguem atentos ao rendimentos dos Treasuries, que voltam a pressionar os mercados, após um dia de forte aversão ao risco. Ontem, as bolsas mundiais fecharam em queda com a forte valorização dos títulos do Tesouro norte-americano e a alta do petróleo, em meio a intensificação do conflito no Oriente Médio.

A quarta-feira também foi marcada por protestos e pelo veto dos Estados Unidos à proposta do Brasil no Conselho de Segurança da ONU, que condenava os ataques terroristas do Hamas e pedia o fim do bloqueio à Faixa de Gaza a Israel. Agora, o Egito anunciou que concorda em abrir suas fronteiras para que Gaza possa receber ajuda humanitária.

O mercado segue de olho no conflito mas também fica atento aos indicadores e às falas do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, às 12h30, e de outros dirigentes do órgão, em busca de pistas sobre o futuro da política monetária neste cenário de incertezas globais. Nos Estados Unidos, serão divulgados dados sobre pedidos de seguro-desemprego da semana encerrada no último sábado, atividade industrial de outubro, vendas de imóveis residenciais usados de setembro e o índice de indicadores antecedentes de setembro. Também saem resultados trimestrais de empresas.

Por aqui, o presidente do Banco Central brasileiro, Roberto Campos Neto, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também falam em eventos que participam nesta manhã.

No radar corporativo, o Banco do Brasil comunica que foi iniciada, em 4 de outubro, uma oferta de recompra de bônus perpétuos emitidos pelo BB em 2014, por meio de sua agência de Grand Cayman, remunerados à taxa de 9% ao ano, limitada ao montante de US$ 1 bilhão a ser despendido pelo banco. Investidores entregaram para recompra, até a data de encerramento antecipado, encerrada ontem (18), às 18h no horário de Brasília, notas representando um volume de principal de US$ 746,8 milhões.

A Vale, em atenção a notícias de imprensa que relatam uma petição por indenização no valor de R$ 100 bilhões contra a Samarco e suas acionistas, Vale e BHP Brasil, informa que não foi notificada a respeito do pedido e que irá apresentar seu posicionamento e defesa no processo judicial relativo ao pleito em momento oportuno.

A companhia aérea norte-americana American Airlines teve um prejuízo operacional de US$ 223 milhões no terceiro trimestre deste ano, revertendo o lucro operacional de US$ 930 milhões do mesmo período do ano anterior. Já o prejuízo líquido foi maior, de US$ 545 milhões. As receitas totalizaram US$ 13,482 milhões, 0,1% maior que no 3T22.

A AT&T reportou um aumento de 1% na receita do terceiro trimestre de 2023, que foi para US$ 30,35 bilhões. Já o lucro operacional caiu 3,33%, para US$ 5,8 bilhões, na mesma base de comparação.

A Raízen Energia informou na noite ontem (18) que seu conselho de administração aprovou a realização de emissão de debêntures simples, em três séries, no valor total de R$ 1 bilhão, em reunião realizada em 19 de setembro.

A Tesla reportou lucro líquido de US$ 1,878 bilhão no terceiro trimestre de 2023, o que representa uma queda de 43% ante o mesmo período do ano anterior, quando registrou lucro de US$ 3,331 bilhões. Na mesma base de comparação, a receita somou US$ 23,3 bilhões, uma alta de 8,8%.

O conselho de administração da Multiplan aprovou a realização de uma emissão de debêntures simples, em até três séries, de R$ 750 milhões. Os recursos líquidos obtidos serão destinados para pagamento de gastos, custos e despesas ainda relatios à construção, expansão, desenvolvimento e reforma, de determinados imóveis e/ou empreendimentos imobiliários.

A Copel informou que, no seu Programa de Desligamento Voluntário de 2023 (PDV), foram efetivadas 1.437 adesões, “com base em avaliação que considerou os aspectos financeiros e a manutenção de suas operações. O custo estimado com indenizações é de R$ 441 milhões.

A Netflix surpreendeu o mercado com seus resultados do terceiro trimestre de 2023, onde reportou um lucro líquido de US$ 1,677 bilhão, representando um crescimento em relação aos US$ 1,398 bilhão reportados no mesmo período do ano anterior.

A agência de classificação de risco Fitch Ratings afirmou a nota de crédito global da longo prazo da Cemig ‘BB’, com perspectiva estável, para refletir, nas sua avaliação, “a sólida e diversificada base de ativos do grupo, seu robusto perfil financeiro e seu bom desempenho operacional”, segundo o comunicado.