As eleições gerais para a presidência da Argentina culminaram num segundo turno entre Sergio Massa, candidato presidencial da Unión por la Patria (UxP), e Javier Milei, representante de La Libertad Avanza (LLA). O segundo turno será realizado no dia 19 de novembro. Com 98,51% das mesas apuradas, Massa foi o candidato mais votado com 36,68% (9.645.983 votos) e Milei ficou em segundo lugar com 29,98% (7.884.336 votos).
Patricia Bullrich, do Juntos por el Cambio, ficou em terceiro lugar com 23,83% (6.267.152 votos). Enquanto isso, o governador de Córdoba e representante de Hacemos, Juan Schiaretti, obteve 6,78% (1.784.315 votos). Por fim, a líder esquerdista Myriam Bregman alcançou 2,70% (709.932 votos).
Estas eleições tiveram a menor participação da história, com 77,65% (27.100.675 votos) dos eleitores qualificados, embora seja 7,22% superior aos 70,43% das primárias de agosto (24.935.583 votos). Nas últimas eleições presidenciais de 2019, 80,4% dos eleitores votaram.
No exterior, onde o voto não é obrigatório, observaram-se longas filas em Madri e Londres. Cerca de 435.556 argentinos, em 300 mesas distribuídas em 141 representações diplomáticas, puderam votar em cargos nacionais. Na Ucrânia e em Israel, as mesas não abriram como resultado dos seus conflitos de guerra.
Nas primárias de agosto, Javier Milei foi o candidato mais votado com 29,86% (7.352.244 votos). O segundo candidato foi Sergio Massa com 21,43%, embora seu espaço Unión por la Patria tenha ficado em terceiro lugar com 27,28%. Patricia Bullrich ficou em terceiro lugar com 16,81% e seu espaço Juntos por el Cambio teve 28%.
Na província de Santa Fé, 73% dos eleitores votaram devido a uma forte tempestade que inundou as ruas e complicou o comparecimento às urnas.
DECLARAÇÕES POLITICAS
O presidente Alberto Fernández votou antecipadamente e respondeu à imprensa que continuará a ser cidadão quando questionado sobre como continuará a sua vida depois de 10 de dezembro. Anteriormente, houve uma ameaça de bomba na Casa Rosada, mas acabou sendo um alarme falso.
A vice-presidente Cristina Fernández de Kirchner votou em Río Gallegos e acusou que não foi ouvida durante este governo quando alertou em 2020 que salários, preços, taxas e pensões deveriam ser ajustados. Sobre a sua visão de futuro, a vice-presidente pediu um país mais sensato, um país onde todos aqueles que têm responsabilidades institucionais, sociais e empresariais percebam que será necessário chegar a acordo sobre algumas questões básicas.
Entretanto, o ex-presidente Mauricio Macri previu um cenário de segundo turno, questionou a falta de governo e criticou tanto a inflação como a insegurança.
Rigoberto Horacio Vera / Agência CMA Latam
Tradução: Vanessa Zampronho / Agência CMA