Produção total operada da Petrobras sobe 9,2% e alcança 3,982 mi de boed no terceiro trimestre

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São Paulo – A produção no Brasil e no exterior de petróleo, líquido de gás natural (LGN) e gás natural operada pela Petrobras alcançou 3,982 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) no terceiro trimestre deste ano (3T23), alta de 9,2% na comparação anual e 7,8% acima do 2T23.

No 3T23, a produção média de óleo, LGN e gás natural alcançou 2,88 MMboed, 9,1% acima do 2T23, em função, principalmente, do melhor desempenho operacional das plataformas do pré-sal e do menor volume de perdas por paradas e manutenções, além do ramp-up das plataformas P-71, no campo de Itapu, FPSO Almirante Barroso, no campo de Búzios e FPSO Anna Nery, no campo de Marlim. Também contribuíram para o resultado do 3T23 o início de produção do FPSO Anita Garibaldi, nos campos de Marlim e Voador e a entrada de novos poços de projetos complementares nas Bacias de Campos e Santos. Esses efeitos foram parcialmente compensados pelo declínio natural de campos maduros e por desinvestimentos.

No Brasil, a produção de óleo e gás natural foi de 2,843 milhões de boed, crescimento de 9% na comparação com o mesmo período de 2022. No exterior, a produção foi de 34 milhões de boed, baixa de 2,9% na mesma base de comparação.

No pré-sal, onde a empresa é dona natural e tem como foco, a estatal produziu 1,872 milhões de barris de óleo por dia (bpd), alta de 16,3% na comparação anual.

A produção no pré-sal bateu novo recorde trimestral de 2,25 MMboed, o equivalente a 78% da produção total da Petrobras, superando o recorde anterior de 2,06 MMboed no 2T23. A produção total operada pela Petrobras também atingiu o recorde com 3,98 MMboed no mesmo período, 7,8% acima do 2T23

O volume total de vendas subiu 6,4% sobre o 3T22, para 3,069 Mbpd. Em relação ao 2T23, o aumento foi de 8,7%.

No segmento de Refino, o volume total de vendas, que engloba Brasil e exterior, foi de 1,821 milhões de bpd, 1,3% maior na comparação anual. O volume de vendas de derivados no 3T23 cresceu 5,7% em relação ao 2T23, com destaque para o diesel, que cresceu 11,1% no período devido à sazonalidade de consumo, mais alta no terceiro trimestre em função do plantio da safra de grãos de verão e aumento da atividade industrial.

Ainda na área de refino, o volume de produção total foi 1,829 milhões de bpd no período, alta de 4,5%. A produção de derivados aumentou 1,2%no 3T23 em relação ao 2T23 e 4,5%quando comparada ao 3T22. Esse aumento decorreu da maior utilização das refinarias, resultando em incrementos de 3,0 p.p. de FUT em relação ao 2T23 e 8,0 p.p. se comparado ao 3T22. Essa maior utilização e a disponibilidade operacional das refinarias possibilitaram aumento da produção de diesel e gasolina, ao mesmo tempo que a otimização operacional incrementou a produção de asfalto e reduziu a produção de óleo combustível.

O fator de utilização (FUT) das unidades de refino da Petrobras atingiu 96% no 3T23, o maior resultado trimestral desde 2014. Este elevado patamar de utilização do parque possibilitou o atendimento das demandas do mercado com confiabilidade e disponibilidade operacional, alcançando a produção total de derivados de 1.829 Mbpd no 3T23. A produção de diesel, gasolina e QAV representou 69% da produção total, um aumento de 2 p.p. em relação ao 2T23.

No período, as exportações líquidas somaram 823 mil bpd, crescimento de 55,9%, enquanto a importação alcançou 294 mil bpd no trimestre, recuo de 33,3% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. No 3T23 as exportações aumentaram 31,5% em relação ao 2T23, principalmente de petróleo, em função da maior produção de óleo, e as importações reduziram em 17,9% em virtude de menores importações de derivados pelo aumento de produção das refinarias.