JBS registra lucro líquido de R$ 572,7 milhões no 3º trimestre, queda anual de 85,7%

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São Paulo – O lucro líquido consolidado da JBS caiu 85,7% no terceiro trimestre de 2023 (3T23), na comparação, totalizando R$ 572,7 milhões, na comparação com o lucro líquido de R$ 4 bilhões um ano antes. O lucro líquido do exercício incluindo participação dos acionistas minoritários foi de R$ 690,6 milhões, queda de 83,8% na mesma base de comparação.

No período, a receita líquida consolidada somou R$ 91,4 bilhões, 8% menor que o visto no mesmo período do ano anterior.

O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado consolidado foi de R$ 5,4 bilhões, queda de 43,3% na comparação anual, dado uma base comparativa muito forte divulgada no 3T22, mas apresentou uma importante melhora em relação ao trimestre anterior. No trimestre, a margem EBITDA ajustada foi de 5,9%, um aumento de 90bps na comparação trimestral”, explicou a empresa.

No trimestre, aproximadamente 75% das vendas globais da JBS foram realizadas nos mercados domésticos em que atua e 25% por meio de exportações.

A empresa encerrou o trimestre com R$ 27,7 bilhões em caixa, e possui US$3,3 bilhões disponíveis em linhas de crédito rotativas, sem garantia real, sendo US$2,9 bilhões na JBS USA e US$450 milhões na JBS Brasil, equivalentes a R$16,8 bilhões pelo câmbio de fechamento do período. Assim, a disponibilidade total da Companhia é de R$44 bilhões.

No fechamento do 3T23, a dívida líquida ficou em US$16,1 bilhões (R$80,4 bilhões) uma redução de aproximadamente US$600 milhões quando comparado ao fechamento do 2T23. A JBS encerrou o trimestre com uma alavancagem em reais de 4,84x e em dólares de 4,87 vezes, fruto da redução do EBITDA no período.

O fluxo de caixa livre, após adição de ativo imobilizado, juros pagos e recebidos, foi de R$ 3,4 bilhões, ante R$ 3,2 bilhões na comparação anual, com destaque para a melhora no capital de giro em R$1,7 bilhão, principalmente por conta da redução dos estoques e da melhora em contas a receber.

Nos últimos 12 meses, a receita líquida atingiu R$360,3 bilhões (US$71,1 bilhões), o ebitda ajustado atingiu R$16,6 bilhões (U$3,3 bilhões), com margem ebitda ajustada de 4,6%.

“Como já era previsto diante de um cenário mais desafiador em 2023, nossa alavancagem alcançou 4,87x em dólar. Ainda assim, reforçando a forte capacidade de geração de caixa de nossos negócios, reduzimos a nossa dívida líquida em US$ 600 milhões. Isso mostra mais uma vez que nos preparamos para enfrentar esse período com segurança. Alongamos o prazo médio de nossa dívida para 12 anos, ampliamos a liquidez e diminuímos o custo do endividamento, reforçando que seguimos comprometidos com a disciplina financeira para reduzirmos a nossa dívida. A partir deste último trimestre de 2023, entraremos em um processo estrutural de desalavancagem da Companhia”, comentou o Gilberto Tomazoni, CEO Global JBS, na sua mensagem no relatório.