Lucro líquido recorrente Itaúsa cresce 29,3% no 3° trimestre

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São Paulo, SP – A Itaúsa divulgou ontem (13) o balanço do terceiro trimestre de 2023, com lucro líquido recorrente de R$ 4,578 bilhões, alta de 29,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo a companhia, o resultado é reflexo da queda nos volumes das vendas, somado à forte base de comparação do período.

Segundo a companhia, o resultado é reflexo do desempenho “consistente de seu portfólio, além de maiores ganhos com venda de ações da XP e efeito positivo do registro a valor de mercado das ações remanescentes da XP, após perda da influência significativa na companhia com a rescisão do acordo de acionistas”.

A companhia destacou em seu balanço o avanço da estratégia de desalavancagem, utilizando recursos de alienação de ações da XP para reforço de caixa e antecipação do
pagamento de dívidas contraídas para o funding dos investimentos realizados nos últimos anos. Com isso, foi amortizado antecipadamente 60% da 5a emissão de debêntures, totalizando R$ 1,6 bilhão, o que elevou o prazo médio do endividamento para 4 anos e 6 meses. A alavancagem fechou em 1,9% (dívida líquida de R$ 1,7 bilhão sobre o passivo total + patrimônio líquido de R$ 79,7 bilhões) e 1,6% sobre o valor de mercado do portfólio (dívida líquida de R$ 1,7 bilhão sobre o Net Asset Value (NAV) de R$ 109,7 bilhões).

A Itaúsa encerrou o terceiro trimestre com R$ 3,228 bilhões de saldo de caixa, com destaque para os proventos recebidos do setor financeiro de R$ 3,562 bilhões, alienação de 20,7 milhões de ações da XP com impacto no caixa de R$ 2,137 bilhões, o pagamento de proventos pela Itaúsa a seus acionistas no montante de R$ 3,438 bilhões e amortização antecipada parcial de R$ 1,500 bilhão da 5a emissão de debêntures. Se considerarmos o valor das 14,8 milhões de ações remanescentes da XP, importante fonte de liquidez, o caixa proforma da Itaúsa totalizaria R$ 4,8 bilhões

Outro destaque no período foi o resultado recorrente proveniente das empresas investidas que atingiu R$ 4,4 bilhões, 23% acima do reportado no mesmo período do ano anterior, principalmente pelos resultados crescentes do Itaú Unibanco, da Copa Energia, CCR e Aegea, além do impacto positivo com valor de mercado da XP Inc.

As Despesas Administrativas totalizaram R$ 52 milhões, incremento de 31% em relação ao mesmo período do ano anterior, principalmente por adequação de provisão de incentivos de curto prazo, reforço na estrutura de Gestão de Portfólio, criação da área de Sustentabilidade, e maiores despesas de comunicação e advocatícias. No acumulado dos últimos nove meses, as despesas gerais e administrativas cresceram 4%, variação abaixo da inflação.

As Despesas Tributárias atingiram R$ 117 milhões, aumento de 17% em relação ao mesmo período do ano anterior. Tais despesas refletem, essencialmente, os impostos de PIS/COFINS incidentes nas declarações de JCPs realizadas pelo Itaú Unibanco no período que foram superiores às declarações realizadas no ano anterior.

O Resultado Financeiro atingiu R$ 124 milhões negativos. A melhora do Resultado Financeiro em R$ 39 milhões frente ao segundo trimestre de 2022 decorreu principalmente pela maior rentabilidade do caixa no período e por ligeira redução das despesas com juros em função da liquidação antecipada de debêntures. No fim do terceiro trimestre foi realizada a amortização antecipada de 60% das debêntures da 1a série da 5a emissão, com isso, é esperado que haja ainda mais redução das despesas com juros nos próximos períodos.

A capitalização de mercado da Itaúsa, com base no valor da ação mais líquida (ITSA4), no terceiro trimestre foi de R$ 87,8 bilhões, enquanto a soma das participações nas empresas investidas a valor de mercado totalizava R$ 109,7 bilhões, resultando em um desconto de holding de 20,0%, redução de 6,3 p.p. em relação aos 26,3% registrado no mesmo período do ano passado.

PROVENTOS

A Itaúsa declarou um montante bruto total de R$ 7,2 bilhões pagos ou a pagar aos investidores que permaneceram como acionistas nos últimos 12 meses (data base 31.10.2023). Isso representa um dividend yield de 8,6%, aumento de 4,4 pontos percentuais em relação ao indicador de proventos de 2021, e 1,8 pontos percentuais acima do yield de 2022.