Preços do diesel e da gasolina estão abaixo da paridade de importação, segundo a Abicom

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São Paulo – O acompanhamento diário da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) apontou, nesta quinta-feira, que o litro da gasolina e do diesel nas principais refinarias do País estavam 1% e 2%, em média, abaixo do preço no exterior. Ontem (22), a gasolina estava 1% acima da paridade e o diesel -3% inferior. No caso da gasolina, a variação de hoje representa R$ 0,02, em média, mais barata que no mercado internacional, e no do diesel, -R$ 0,08, em média. O parâmetro usado para a comercialização desses combustíveis pelos importadores brasileiros é preço praticado no Golfo do México.

Ainda conforme a medição de hoje da Abicom, a variação nos polos operados pela Petrobras, por sua vez, indicou que o preço dos dois combustíveis estavam 1% abaixo da paridade internacional, sendo -R$ 0,03, em média, na gasolina, e -R$ 0,04 no diesel, ante -1% na gasolina e -2% no diesel, respectivamente, na quarta-feira (22).

O PPI foi calculado pela Abicom usando como referência os valores para gasolina, óleo diesel, câmbio, RVO e frete marítimo nas cotações, considerando os fechamentos do mercado de ontem (22).

“Como a estabilidade no câmbio e nos preços de referência da gasolina, os preços de referência do óleo diesel apresentaram ligeira redução no mercado internacional no fechamento de ontem, o cenário médio de preços está abaixo da paridade para o óleo diesel e para gasolina”, comentou a Abicom, no relatório de hoje.

A medição de hoje ocorreu 34 dias após a vigência do aumento linear médio de R$ 0,25 por litro no diesel S10 e da redução de R$ 0,12 por litro na gasolina, pela Petrobras, em 21 de outubro. Na última quarta-feira (22), a Acelen, no Polo Aratu-BA, reduziu o preço do óleo diesel A em R$ 0,0277 por litro e aumentou o preço da gasolina A em R$ 0,1830 por litro. Com isso, os preços médios do óleo diesel e da gasolina, operam na paridade ou abaixo dela a depender do polo analisado.

A taxa de câmbio Ptax, calculada diariamente pelo Banco Central, fechou na sessão de ontem (22) operando em patamar elevado (no fechamento, em R$ 4,90) e pressionando os preços domésticos dos produtos importados, acrescentou a associação.

A entidade também registrou que a oferta apertada do petróleo segue pressionando os preços futuros da commodity.