União Europeia se reúne para aprovar a entrada da Ucrânia; Hungria é contra

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A União Europeia realiza uma cúpula com os países-membros de 14 a 15 de dezembro, e um dos assuntos a serem discutidos é a inclusão da Ucrânia. A Hungria se manifestou contrária à inserção do país no bloco.

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, que tem laços com o presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou vetar as conversações sobre ajuda e aumento do bloco.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia disse que seria devastador para seu país e para a UE se a cúpula não der luz verde para as negociações de adesão e mais ajuda financeira e militar para Kiev se defender contra a invasão da Rússia. Um país só pode ser admitido no longo processo de inserção no bloco se ele for aprovado por todos os 27 membros.

A maioria dos políticos europeus quer tomar decisões tão importantes que estão totalmente despreparadas e carecem de acordo estratégico sobre o futuro da Europa, escreveu o ministro dos Negócios Estrangeiros, Peter Szijjarto, no Facebook, antes de uma reunião em Bruxelas, que ajudará a preparar a cúpula.

Não é a primeira vez que a Hungria entra em desacordo com a União Europeia. Ela afrouxou as sanções contra a Rússia e vetou, em dezembro de 2022, um acordo para conceder à Ucrânia 18 bilhões de euros.

“Quero acreditar que os europeus estarão unidos… e hoje enviaremos mensagens claras ao nosso homólogo húngaro para que assim seja”, disse a ministra dos Negócios Estrangeiros francesa, Catherine Colonna.

O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, que participou na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do bloco, disse que o fracasso na cúpula desta semana em chegar a acordo sobre negociações abertas de adesão mostraria que a União Europeia é incapaz de cumprir os compromissos históricos.

Não consigo imaginar, nem quero falar sobre as consequências devastadoras que ocorrerão caso o Conselho (Europeu) não tome esta decisão, disse ele, chamando-a de a mãe de todas as decisões.

A Ucrânia enfrenta dificuldades em manter a resistência à ocupação da Rússia em seu território, que poderá piorar caso não haja mais ajuda estrangeira tanto da União Europeia quanto dos Estados Unidos.

O Congresso norte-americano ainda não votou um pedido de auxílio financeiro para reforçar as defesas ucranianas ante a invasão russa. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy se dirige a Washington para reforçar o pedido.