São Paulo, SP – Os índices futuros americanos e as bolsas europeias abriram em alta. O dia será marcado pela divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos, e do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), no
Brasil, ambos referente a novembro.
O mercado acredita que o CPI deve voltar a ficar estável e manter o patamar anual de 3,2%. A preocupação continua a ser o núcleo do índice, que mostra a variação dos preços de alimentos e energia. Na comparação anual, em outubro, o núcleo chegou a 4%.
Com o CPI em mãos, além dos dados do emprego divulgados na semana passada, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) deve decidir amanhã manter mais uma vez a taxa de juros atual (5,25% a 5,50%) e, dependendo do tom do discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, indicar que um possível ciclo de redução da taxa pode começar no início do segundo trimestre de 2024.
Além de Brasil e EUA, o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) também batem o martelo sobre os juros nesta semana. A expectativa é que o BCE mantenha a taxa, e o BoE aumento novamente os juros na terra do Rei Charles III.
Por aqui, antes da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa Selic, amanhã, analistas aguardam a divulgação do Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro. Segundo o Termômetro CMA, a previsão é uma alta de 0,29% em relação a outubro. No acumulado de 12 meses, até novembro, a alta projetada é de 4,69%.
Analistas acreditam que o Copom deve fazer um novo corte de 0,50 ponto percentual – para 11,75% ao ano, na taxa Selic, e manter ritmo de cortes em janeiro e fevereiro do ano que vem. Em relatório divulgado ontem, a Goldman Sachs disse que a decisão de cortar os juros deve ser unanime entre os integrantes do Copom.
Os especialistas esperam, ainda, que o comitê reitere que a postura da política monetária permanecerá restritiva até que o processo de desinflação se consolide e as expectativas de inflação se reancorem em torno da meta. “Embora as últimas impressões da inflação tenham sido relativamente favoráveis, incluindo a inflação central e a inflação de serviços, a prudência ainda é necessária, dado que as expectativas de inflação para 2024/25/26
permanecem visivelmente acima da meta”, apontou o Goldman Sachs.
Em Brasília, a Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional pode votar hoje o relatório da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024 (PLN 4/23. Pelo relatório, as emendas parlamentares impositivas, as emendas de comissões permanentes e as de bancadas estaduais deverão, obrigatoriamente, ser empenhadas no primeiro semestre do ano que vem. Hoje, as emendas individuais e de bancada estadual são de execução obrigatória, mas o governo é quem decide quando isso será feito. O empenho é como se fosse a contratação da despesa. Depois, ela é liquidada e paga
Quanto à meta fiscal do ano que vem, o texto traz um dispositivo determinando que os cortes necessários para garantir a meta sejam feitos de maneira igualitária entre emendas parlamentares e o resto das programações. A meta fiscal de 2024 é zerar o déficit das contas públicas. A emenda do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) que estabelecia um limite de contingenciamento para 2024 a partir de uma interpretação do novo regime fiscal (LC 200/23) foi rejeitada pelo relator.
Sobre a reforma tributária, O relator na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), disse que o presidente Arthur Lira já sinalizou para a votação da reforma tributária (PEC 45/19) na semana que vem no Plenário. Ele explicou que serão feitas sugestões de supressão de alguns dispositivos aprovados no Senado, mas que tudo será conversado com o presidente daquela Casa, senador Rodrigo Pacheco.
O Congresso Nacional agendou sessão para a quinta-feira (14), com 39 vetos e 20 projetos na pauta de votações. Os destaques ficam para os projetos da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2024 (PLN 4/2023) e do Plano Plurianual (PPA) 2024-2027.
No setor corporativo, a Petrobras informou hoje que seu Conselho de Administração aprovou acordo judicial relativo à cobrança das diferenças de correção monetária e juros do Empréstimo Compulsório da Eletrobras. Condicionado à homologação judicial, o acordo prevê o pagamento à Petrobras de R$ 1,2 bilhão em até 5 dias úteis após o trânsito em julgado da sentença que reconhece a autocomposição, o que trará um efeito positivo
no resultado consolidado da companhia.
A Oi informou ontem (11) que a Justiça prorrogou por mais noventa dias o período de suspensão do programa de recuperação judicial da companhia.
O conselho de administração do Fleury aprovou a proposta da diretoria de pagamento de juros sobre o capital próprio (JCP), no valor total de R$ 144,7 milhões, correspondente ao valor bruto de R$ 0,26557982563 por ação, aos acionistas inscritos no fechamento do pregão de 15 de dezembro, a ser realizado em 28 de dezembro.
O conselho de administração do Bradesco aprovou proposta da diretoria para pagamento de juros sobre o capital próprio, de R$ 6,9 bilhões. Deste valor, R$ 2 bilhões serão JCPs intermediários a serem pagos em 2 de janeiro de 2024 pelos valores líquidos de R$ 0,152147652 por ação ordinária e R$ 0,167362418 por ação preferencial, e JCPs complementares de R$ 4,9 bilhões em 28 de junho de 2024, correspondentes aos valores líquidos de R$ 0,380216982 por ação ordinária e R$ 0,418238681 por ação preferencial.
A Hapvida recebeu uma carta de renúncia encaminhada por Geraldo Luciano Mattos Junior ao cargo de membro do conselho de administração e demais comitês de que faz parte, com efeito imediato. Para seu lugar, foi eleito pelo conselho de administração da companhia, com efeito a partir de 1 de janeiro de 2024, Mauricio Fernandes Teixeira, que, por sua vez, também renunciou ao cargo de Diretor-Vice-Presidente Financeiro e de Relações com
Investidores, com efeito a partir de 31 de dezembro.
Com o rompimento da mina 18 da Braskem, no domingo (10) às 13h15 (horário de Brasília), a Defesa Civil de Maceió (AL) trabalha para retomar, o mais breve possível, o
monitoramento do solo na região afetada. Segundo o órgão, o equipamento (DGPS) instalado naquela cavidade para detectar com alta precisão as movimentações do terreno foi perdido. Assim que a área voltar a ser observada com a tecnologia apropriada será possível perceber se o solo continua em movimento e, nos próximos dias com os estudos pertinentes, a dimensão do desastre para, a partir disto, atestar se o evento se tratou de um rompimento parcial, restrito ao trecho da Lagoa Mundaú, ou de um colapso, explicou a Defesa Civil, em nota divulgada na tarde desta segunda-feira.