São Paulo, SP – A Copel informou ontem (14) que, em conjunto com sua subsidiária integral Copel Geração e Transmissão, após desistência do Acordo de Venda Conjunta com a Petrobras, assinou Contrato de Compra e Venda de Ações (CCVA) de sua participação societária total de 81,2% na UEG Araucária (UEGA) com a Âmbar Energia.
“A assinatura do CCVA deriva da aceitação da proposta vinculante recebida pela companhia no valor total (Enterprise Value) de R$ 395 milhões, na data-base de 30 de setembro de 2023, sendo o Equity Value de R$ 358 milhões, considerando uma dívida liquida de R$ 37 milhões na mesma data base. Dessa forma, o valor da transação equivalente à participação da Copel no ativo é de R$ 320,7 milhões”, explicou o comunicado.
A proposta ainda contempla o direito de adesão da Petrobras aos termos da proposta, em relação aos seus 18,8% de participação na UEGA, até a data de 26 de fevereiro de 2024. A operação está sujeita ao implemento de condições precedentes comuns nesse tipo de negócio, tais como a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O fechamento da operação é estimado para ocorrer antes de 31 de março de 2024.
Por fim, a Copel ressaltou que o desinvestimento desse ativo faz parte do processo de descarbonização da matriz de geração, fortalecendo os pilares para a perenidade e o crescimento sustentável dos negócios, além de estar aderente ao Planejamento Estratégico Empresarial da Copel (Visão 2030).
A UTE Araucária é uma instalação de geração a gás natural com capacidade instalada de 484,15 megawatts (MW), operando em ciclo combinado com duas turbinas a gás e uma turbina a vapor. Desde sua inauguração em 2002, a UTE Araucária desempenha um papel vital na produção de energia para o sistema interligado nacional.
Em ativos de geração movidos a gás natural, a Âmbar já possuía a UTE Cuiabá, ligada por gasodutos próprios às bacias da Bolívia, e a UTE Uruguaiana, integrada às reservas de gás da Argentina. Já a UTE Araucária está interligada por dutos às reservas de gás do Brasil e da Bolívia. A Âmbar passa a ter agora uma capacidade total de geração de 2,3 gigawatts (GW) com essa transação.