O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) variou 0,42% em janeiro. No mês anterior, a taxa havia sido 0,62%. Com esse resultado, o índice acumula queda de 3,20% em 12 meses. Em janeiro de 2023, o índice variara 0,05% no mês e acumulava elevação de 4,27% em 12 meses.
“Combustíveis, açúcar e soja explicam a desaceleração do índice ao produtor, que registrou alta de 0,42%, aproximadamente metade da variação do mês anterior. Nesta edição, o óleo Diesel atingiu o ápice do último reajuste autorizado pela Petrobrás. Nas próximas apurações, o Diesel terá uma contribuição menor para o arrefecimento da taxa do IPA. No âmbito do consumidor, cuja inflação passou de 0,22% para 0,46%, destaca-se o reajuste das mensalidades escolares, que devem impulsionar ainda mais a taxa do IPC ao longo de janeiro. Por fim, no índice da construção, o destaque partiu dos materiais e equipamentos, cuja variação passou de -0,20% para 0,44%”, conforme afirmado por André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,42% em janeiro. No mês anterior, o índice havia registrado alta de 0,81%. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram de 0,36% em dezembro para 1,04% em janeiro. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 1,25% para 8,91%. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,38% em janeiro. No mês anterior, a taxa subira 0,42%.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de -0,20% em dezembro para -1,42% em janeiro. A principal contribuição para este movimento partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -0,35% para -6,12%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 0,50% em janeiro, ante queda de 0,17%, no mês anterior.
O índice do grupo Matérias-Primas Brutas passou de 2,45% em dezembro para 1,88% em janeiro. As principais contribuições para a desaceleração da taxa do grupo partiram dos seguintes itens: soja em grão (1,76% para -1,26%), cana-de-açúcar (0,37% para -1,35%) e mandioca/aipim (3,44% para -2,61%). Em sentido ascendente, os movimentos mais relevantes ocorreram nos seguintes itens: milho em grão (7,16% para 10,52%), leite in natura (-2,92 para -0,74%) e bovinos (0,18% para 1,57%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,46% em janeiro. Em dezembro, o índice variara 0,22%. Seis as oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Alimentação (0,40% para 1,41%), Saúde e Cuidados Pessoais (-0,25% para 0,05%), Educação, Leitura e Recreação (0,97% para 1,37%), Vestuário (-0,30% para 0,59%), Transportes (-0,19% para -0,11%) e Comunicação (-0,29% para -0,17%). As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: hortaliças e legumes (3,00% para 10,63%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-2,10% para -0,91%), cursos formais (0,00% para 2,74%), roupas (-0,35% para 0,61%), gasolina (-1,57% para -0,76%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (-0,51% para -0,02%).
Em contrapartida, os grupos Despesas Diversas (1,24% para 0,08%) e Habitação (0,37% para 0,09%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: serviços bancários (2,34% para 0,09%) e aluguel residencial (0,98% para -0,57%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,39% em janeiro. No mês anterior, a taxa foi de 0,01%. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de dezembro para janeiro: Materiais e Equipamentos (-0,20% para 0,44%), Serviços (0,26% para 0,05%) e Mão de Obra (0,25% para 0,37%).