São Paulo – No pregão de ontem, 1 de fevereiro, a Petrobras alcançou um marco significativo em sua história, ao atingir o valor de mercado de R$ 552 bilhões, o maior desde 18 de outubro de 2023, quando chegou a marca de R$ 525,099 bilhões. A companhia informou que o valor também ultrapassou a marca da semana anterior e evidencia sua posição de destaque e robustez no setor. A empresa registrou o maior valor de suas ações e de mercado de todos os tempos. A PETR3 fechou o dia em R$ 42,96 e a PETR4, em R$ 41,57.
Nesta quinta-feira, os papéis da Petrobras (PETR3;PETR4) subiram 1,89% e 2,76%, com a aposta do Morgan Stanley de que a companhia poderá anunciar uma distribuição de dividendos extraordinários na divulgação do resultado do quarto trimestre, no dia 7 de março. O dia também foi marcado pela elevação nos preços dos combustíveis com o aumento do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), tributo cobrado pelos estados, vai subir para a gasolina, o diesel e o gás de cozinha. A companhia também reduziu o preço do querosene de aviação (QAV) em 0,4%, ou menos R$ 0,014 por litro, e os preços de venda da molécula de gás natural para as distribuidoras em 2% com relação ao mês de janeiro de 2024.
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirma que o recorde de valor da companhia coroa o trabalho feito ao longo de todo o primeiro ano de nova gestão, iniciada em janeiro de 2023. “Estamos muito satisfeitos com os sucessivos recordes de valor de mercado. Esse recorde, assim como os outros que a Petrobras atingiu em 2023, é consequência da retomada de investimentos que a nova gestão tem realizado no último ano. Inovamos ao remunerar nossos acionistas por meio do programa de recompra de ações e apresentamos um plano estratégico robusto, com aumento de investimentos em capex e projetos para a transição energética rentável, com geração de valor no longo prazo. Focados na disciplina de capital e controle do endividamento, nossa nova estratégia comercial trouxe de volta a flexibilidade, a competitividade nos preços e a estabilidade, sempre mantendo uma produção em constante crescimento. A Petrobras que os brasileiros têm orgulho e o mercado admira está de volta”, comentou o CEO.
“Além de um recorde histórico para a Petrobras, o valor de mercado e a cotação das ações alcançados demonstram também a confiança dos investidores no futuro da companhia e em sua capacidade de gerar retornos significativos”, acrescentou.
O diretor Financeiro e Relacionamento com Investidores da Petrobras, Sérgio Leite, destaca que o bom relacionamento com acionistas públicos e privados – construído com transparência na apresentação do planejamento estratégico e nas decisões tomadas, e com o fortalecimento da governança foi fundamental para o desempenho histórico das ações. Outro fator fundamental apontado pelo diretor foi a dedicação de petroleiros e petroleiras para a execução integrada das estratégias corporativas. “O envolvimento e a sinergia entre as equipes impulsionam a Petrobras a conquistar esse sucesso coletivo. O recorde no valor das ações reforça o compromisso da companhia em gerar valor para acionistas, clientes, colaboradores e para a sociedade como um todo. A Petrobras continua empenhada em sua missão de fornecer energia de forma segura, responsável e sustentável, mantendo sua posição de destaque no mercado global”, concluiu o diretor Financeiro e Relacionamento com Investidores, Sérgio Leite.
Valor está longe do seu recorde em dólares
A Petrobras atingiu o o maior valor de mercado em Reais nominais, de R$ 551,4 bilhões, mas o montante está longe do seu recorde em dólares, aponta a consultoria de inteligência e análise de dados do mercado financeiro, em análise sobre a companhia. “Esse pico nominal, embora represente uma barreira psicológica notável, revela uma narrativa mais complexa quando expresso em dólares. Ao voltarmos ao auge de 5 de maio de 2008, testemunhamos a Petrobras atingindo o recorde histórico em dólares, estimado em impressionantes US$ 309 bilhões. Em comparação, os US$ 111 bilhões registrados em 1º de fevereiro de 2024 revelam um cenário desafiador em termos de valor de mercado em dólares”, comenta Einar Rivero, CEO da consultoria e autor da análise.
Na sua avaliação, essa dualidade destaca a volatilidade nos mercados financeiros e a influência das taxas de câmbio nas avaliações das empresas, especialmente para investidores estrangeiros. No fechamento de ontem, o dólar fechou em queda de 0,41%, cotado a R$ 4,9151.
Nesta sexta-feira, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) recuavam 1,41% e 1,10%, cotadas a R$ 42,36 e R$ 41,10 às 15h25 (de Brasília), em dia negativo para o Ibovespa.
