São Paulo, SP – Os índices futuros americanos abriram em queda e as bolsas europeias em instabilidade. O dia será marcado pela divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês), do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), ocorrida em 31 de janeiro. Na ocasião, os juros dos EUA ficaram inalterados, em uma faixa de 5,25% a 5,50% ao ano, o maior nível desde 2001 A decisão foi unânime.
Além da ata do Fed, o mercado continua aguardando os números do índice PCE de renda e gastos pessoais, que será divulgado em 29 de fevereiro. Em dezembro do ano passado, o PCE subiu 0,2%, e a taxa anualizada ficou em 2,6%. Outro dados importante é o de novos pedidos de seguro desemprego. Na semana passada, houve uma queda nos novos pedidos de seguro-desemprego nos EUA, que recuaram em 8 mil, para 212 mil após ter alcançado 220 mil na semana anterior. Os analistas previam 220 mil pedidos.
Uma queda nos pedidos sugere que menos pessoas estão sem trabalho, enquanto uma alta indica o contrário. A média móvel dos pedidos de seguro-desemprego feitos nas últimas quatro semanas, um indicador menos volátil, subiu em 5.750 para 218.500 pedidos. Com os dados em mãos, o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) vai analisar como anda o mercado de trabalho e a inflação do país e, no fim de março, bater o martelo sobre a taxa de juros.
Nesta semana, ainda teremos a divulgação das ata da reunião do Banco Central Europeu, na quinta-feira (22), além da publicação das leituras preliminares dos PMIs dos Estados Unidos, zona do euro, Alemanha, Reino Unido e Japão.
Por aqui, o Brasil recebe nesta quarta-feira (21) ministros de Relações Exteriores dos países do G20, o grupo das 20 maiores economias do mundo. O evento ocorre até quinta-feira (22) no Rio de Janeiro. O principal tema, segundo o Itamaraty, será a reforma de organismos multilaterais, como a Organização das Nações Unidas (ONU).
Também serão debatidos o combate à fome e a transição energética. Essa será uma prévia da cúpula com participação dos chefes de estado do G20, a ser realizada em 18 e 19 de novembro, também no Rio. O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, terá na manhã de hoje encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto.
A temporada de balanço de quarto trimestre continua nesta quarta-feira, com os números da Weg, Assaí e Pão de Açúcar.
No setor corporativo, a Gerdau e Metalúrgica Gerdau informaram que seus Conselhos de
Administração aprovaram o pagamento de R$ 174,9 milhões de dividendos calculados à razão de R$ 0,10 por ação, para papeis da Gerdau, e de R$ 0,05 para papeis da Metalúrgica Gerdau, com pagamentos nos dias 12 e 13 de março, respectivamente. A companhia anunciou ainda a projeção de desembolsos (Capex) relacionados ao plano de investimentos para o ano vigente, no valor de R$ 6 bilhões. O montante se refere a projetos Capex voltados à manutenção e à competitividade.
A Weg divulgou hoje o balanço do quarto trimestre de 2023, com lucro líquido de R$ 1,7 bilhão, alta de 46,2% em relação ao mesmo período de 2022. Em 2023, o lucro líquido foi de R$ 5,7 bilhões, crescimento de 36.2% em comparação a 2022. A receita líquida operacional ficou em R$ 8,5 bilhões, alta de 7,3% em relação ao mesmo período de 2022. Em 2023, a receita líquida operacional foi de R$ 32,5 bilhões, alta de 8,7% em comparação a 2022.
A Weg informou que seu conselho de administração confirmou o pagamento de dividendos complementares no valor total de R$ 1,249 bilhão, correspondente a R$ 0,297942793 por ação, aos titulares de ações escriturais em 23 de fevereiro de 2024. O pagamento do dividendo complementar, bem como dos JCP declarados em setembro e dezembro de 2023,
ocorrerá em 13 de março de 2024.
A transmissora de energia ISA Cteep registrou aumento de cresceu R$ 537 milhões ou 147,7% no lucro líquido no quarto trimestre de 2023 (4T23) em relação a igual período de 2022, saindo de R$ 363,6 milhões para R$ 900,6 milhões, liderado pelo incremento da receita líquida e pelo resultado das controladas em conjunto, informou a companhia, em seu balanço financeiro e operacional do intervalo. O lucro líquido acumulado no ano, também registrou crescimento de 107,3%, saindo de R$ 936,9 milhões para R$ 1,942 bilhão, incremento de R$ 1 bilhão. O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 826,7 milhões, alta anual de 30,3%. A elétrica registrou uma alta da margem ebitda de 3,3 pontos percentuais (pp), para 74,5%.
A Gerdau registrou lucro líquido ajustado de R$ 735 no quarto trimestre de 2023, queda de 54% em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita líquida foi de R$ 14,7 bilhões no trimestre, 13,8% menor que o visto no mesmo período de 2022. O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da companhia caiu 39,1% no 4 trimestre, para R$ 2 bilhões, na comparação anual. A margem ebitda ajustada recuou 5,7 ponto percentual (pp), para 13,9%.
O lucro líquido ajustado da Metalúrgica Gerdau foi de R$ 748 milhões no trimestre, redução de 53,6% quando comparado ao terceiro trimestre de 2023 e de 43,4% em relação ao quarto trimestre de 2022. Em 2023, o Lucro Líquido Ajustado foi R$ 6,9 bilhões, 40,4% inferior ao resultado de 2022, reflexo dos menores volumes das vendas nas Operações de Negócios e, principalmente, pela forte base de comparação do ano 2022, quando a companhia registrou o segundo maior Lucro Líquido Ajustado de sua história.
O lucro líquido da administradora de shopping centers Iguatemi foi de R$ 119,822 milhões no quarto trimestre de 2023, alta de 28,3% em relação a igual período do ano passado. O Lucro líquido ajustado atingiu R$ 134,6 milhões no 4T23, 9,5% acima do 4T22, com margem líquida ajustada de 40,7% e R$ 388,4 milhões no ano, 47,3% acima de 2022, com margem líquida ajustada de 31,7%. Em todo o ano passado, a companhia registrou lucro líquido de R$ 304,726 milhões, mais de 40 vezes acima dos R$ 7,578 milhões apurados em 2022.
A Telefônica Brasil apresentou um lucro líquido contábil de R$ 1,601 bilhão no quarto trimestre de 2023, alta de 42,1% na comparação com o mesmo período do ano passado, beneficiado pela sólida evolução anual do Ebit, de 14%. Em todo o exercício do ano passado, o lucro líquido contábil da companhia dona da Vivo alcançou R$ 5,029 bilhões, um crescimento anual de 23,1%. A receita operacional líquida da empresa somou R$ 13,535 bilhões no 4T23, alta de 6,9% na comparação anual, impulsionada, principalmente, pela receita de serviço móvel. A receita fixa continua em tendência positiva (+3,5% a/a), com destaque para as receitas de FTTH (+16,5% a/a) e de Dados Corporativos, TIC e Outros (+9,9% a/a).