São Paulo, 28 de fevereiro de 2024 – O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, destacou o compromisso do Governo Federal com a expansão da economia brasileira, focando na reindustrialização e na sustentabilidade, nesta terça-feira, 27 de fevereiro, em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, no programa “É Notícia”, da RedeTV!.
“Tenho um compromisso de fazer esse país voltar a crescer economicamente. Eu quero que o país seja a quinta ou a sexta economia do mundo. Eu quero gerar emprego de qualidade’, afirmou o presidente Lula durante a entrevista.
Para o presidente, o ano de 2024 é o ano de começar a colher o que o Governo Federal plantou em 2023, por meio da reconstrução de ministérios que haviam sido extintos e de políticas públicas que foram interrompidas, além da retomada de obras paralisadas. Citou como efeito positivo das ações governamentais os anúncios de investimentos de empresas da indústria automobilística no Brasil, que devem somar mais de R$ 100 bilhões entre fevereiro e março.
Lula também explicou o projeto de país que a atual gestão está desenvolvendo. “Queremos criar um país de classe média, um país de padrão de consumo de classe média, de educação de classe média, de transporte de classe média. É isso que nós estamos preparando para acontecer neste país”, disse. Ao longo de uma hora de entrevista, o presidente ainda falou sobre outros assuntos, entre eles a criação do Pé-de-Meia, programa de incentivo financeiro-educacional para promover a permanência e a conclusão escolar de estudantes do ensino médio.
Seguem alguns pontos da entrevista do presidente:
INDÚSTRIA
É importante a política industrial pelo seguinte: porque é através da indústria que você gera emprego mais qualificado, emprego melhor remunerado, é mais investimento em ciência, mais investimento em tecnologia, mais investimento na chamada indústria de dados, na indústria digital. Por isso é que nós estamos com algumas coisas que são essenciais para a indústria da saúde. O Brasil tem o SUS, que é um complexo de saúde que nenhum país do mundo com mais de 100 milhões de habitantes têm um sistema como nós temos o SUS. O poder de compra deste SUS é extraordinário. Então, em vez de ficar comprando dos outros, vamos tentar construir uma indústria de saúde aqui no Brasil. E isto vale para a questão energética.
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA
O Brasil é efetivamente o centro do mundo quando a gente discute a questão climática e a questão energética. O Brasil tem um potencial extraordinário. Ninguém compete com o Brasil, seja solar, seja eólica, etanol de primeira geração, de segunda geração, seja biodiesel. É uma capacidade de fazer crescer a economia. Eu estive, na semana passada, com a presidenta do Citibank e ela falou para mim e para o Haddad: “Presidente, há muitos anos eu não via o otimismo de investimentos estrangeiros no Brasil como a gente está vendo agora”.
CRÉDITO
As pessoas vão começar a comprar, é só você pegar a questão de crédito. Nós vamos anunciar mais coisas importantes ainda, está tudo pronto, nós vamos anunciar crédito consignado para o conjunto da classe trabalhadora brasileira, porque, hoje, o crédito consignado é só para aposentados e funcionários públicos. E são mais de 40 milhões de pessoas que vão ter acesso ao consignado. O que nós queremos é que o dinheiro chegue na mão das pessoas mais humildes, do trabalhador, do trabalhador de fábrica, da empregada doméstica, a comerciária.
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