Por Cristiana Euclydes
São Paulo – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou que conversou sobre o ex-presidente do país Joe Biden e seu filho em um telefonema em julho com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Biden é pré-candidato à presidência norte-americana pelo Partido Democrata.
“A conversa que tive foi em grande parte congratulatória, em grande parte sobre corrupção – toda a corrupção ocorrendo, foi em grande parte o fato de que não queremos nosso povo como o vice-presidente Biden e seu filho [contribuindo] para a corrupção já na Ucrânia”, disse Trump, ao deixar a Casa Branca ontem.
Agências de notícias norte-americanas reportaram que um funcionário da inteligência dos Estados Unidos denunciou Trump por pressionar Zelensky repetidas vezes, em um telefonema em julho, a investigar o filho de Joe Biden, Hunter Biden, que trabalha para uma empresa de gás ucraniana.
Ao deixar a Casa Branca, Trump negou que esteja retendo ajuda militar à Ucrânia sobre a questão, e disse que não vê problemas que seu advogado pessoal, Rudy Giuliani, faça um depoimento ao Congresso. A mídia reportou que Giuliani se reuniu em junho e agosto com autoridades ucranianas, e ele disse que a alegação de ter se reunido por motivos políticos é “ridícula”.
Joe Biden disse ontem a repórteres,a o participar de um evento, que é hora de “focar nas violações da Constituição nas quais este presidente está engajado”. Segundo democratas, as acusações contra Trump são motivos para a abertura de um processo de impeachment.
“Se o presidente está essencialmente retendo a ajuda militar ao mesmo tempo em que tenta convencer um líder estrangeiro a fazer algo ilícito, a sujar seu oponente durante uma campanha presidencial, então esse pode ser o único remédio que é coigual ao mal que a conduta representa”, disse o deputado democrata Adam Schiff, presidente do Comitê de Inteligência da Câmara dos Deputados.