CMA ENTREVISTA: Quais as perspectivas para investimento em ações de empresas de commodities – parte 2

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São Paulo – O mercado das commodities é um dos principais da economia internacional e do Brasil, que ocupa um lugar de destaque nesse importante segmento. E na Bolsa brasileira, não é diferente. Atualmente, existem mais de 50 empresas produtoras de commodities que negociam suas ações na B3, sendo 26 no Ibovespa, o índice que tem os papéis mais negociados. Só a mineradora Vale (VALE3), sozinha, representa 15% da carteira teórica do índice, que tem outras gigantes de cinco setores como Petrobras (PETR3;PETR4), de petróleo, gás e combustíveis; Suzano (SUZB3), de papel e celulose; Gerdau (GGBR4), de mineração, metalurgia e siderurgia; JBS (JBSS3), de proteína animal; e muitas outras, além da a holding Bradespar, que tem foco na gestão da Vale.

Na segunda entrevista da Agência CMA sobre o tema, o analista da Toro Investimentos, Lucas Serra, recomenda ao investidor da Vale, por exemplo, avaliar os aspectos que impactam a oferta e a demanda do minério de ferro, como a economia chinesa e custos, e a transição energética. “É uma ação que a gente gosta bastante, principalmente em termos operacionais. O preço do minério de ferro vem sendo pressionado nos últimos tempos pela questão da China, mas acreditamos que, em algum momento, a demanda possa voltar, mas não no curto prazo. Pode ser uma tese que demore mais para maturar. Mas a vantagem é que a Vale negocia com um minério de alta qualidade, com prêmio no mercado internacional e com custo e geração de caixa favoráveis”, avalia.

O endividamento das empresas também merece atenção e ele cita Gerdau e CSN como destaques positivo e negativo. Em petróleo, destaca entre os pontos de atenção para o desempenho das empresas, o impacto da cotação do petróleo Brent, interferências políticas e menciona que a Petrobras negocia com um certo desconto, que ficou ainda maior após decisão de postergar a distribuição de dividendos extraordinários. “Em commodities, geralmente, temos produtos homogêneos e que na maioria das vezes são negociados no mercado internacional. Então, essas empresas ficam submetidas ao preço que é praticado lá fora e isso vai impactar diretamente a receita de cada uma delas. A Vale, por exemplo, é impactada pelo minério de ferro e a demanda chinesa.”

Confira a entrevista aqui:

Como investir em ações de empresas de commodities e quais as perspectivas para os próximos meses – parte 2