Por Cristiana Euclydes
São Paulo – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que não pressionou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em um telefonema, em declarações a repórteres ao se encontrar com o líder ucraniano em Nova York.
Ao ser questionado se sentiu-se pressionado por Trump, Zelensky disse que todos leram a transcrição da ligação. “Não quero ser envolvido nas eleições dos Estados Unidos”, disse. “Tivemos um bom telefonema, normal, falamos sobre várias coisas”, acrescentou ele. “Ninguém me pressionou”.
Trump, por sua vez, reiterou que não houve pressão, e defendeu seu advogado pessoal, Rudy Giuliani, “um bom advogado que sabe o que está fazendo”.
No telefonema de julho, Trump pediu a Zelensky para investigar o filho do pré-candidato a presidência norte-americana Joe Biden, e disse a ele que pediria a seu advogado pessoal, Giulani, e o procurador-geral dos Estados Unidos, William Barr, para entrarem em contato para entender melhor o assunto.
A transcrição da conversa foi divulgada hoje pela Casa Branca. A conduta de Trump levou a abertura de um processo de impeachment contra ele na Câmara dos Deputados. Trump está sendo acusado de violar a Constituição por recrutar um governo estrangeiro para interferir nas eleições de 2020.
Aos repórteres, Trump disse ainda que a Ucrânia é muito importante para União Europeia, e eles “deveriam gastar mais ajudando a Ucrânia”. Zelensky disse que quer mais apoio, e que novos empréstimos vão ajudar na realização de reformas no país.