Previsão de inflação pelo Focus sobe a 3,88% e Selic a 10,25% ao fim de 2024

298

São Paulo, 3 de junho de 2024 – As instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus elevaram de 3,86% para 3,88% a previsão para a inflação medida pelo Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024. A meta para a inflação no período é de 3,00%.

A previsão de inflação nos preços administrados – que são controlados por contrato ou pelo poder público – ficou estável em 4,00%, enquanto a projeção para a inflação medida pelo Indice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu de 2,65% para 2,32%.

Para 2025, as instituições financeiras elevaram de 3,75% para 3,77% a previsão para a inflação medida pelo IPCA. A meta para a inflação no período é de 3,00%.

A previsão de inflação nos preços administrados em 2025 diminuiu de 3,90% para 3,85%, enquanto a projeção para a inflação medida pelo IGP-M manteve-se em 3,80%.

PIB

As instituições financeiras mantiveram de 2,05% para 2,05% a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024. A projeção para 2025 ficou estável em 2,00%.

O BC estima que a economia brasileira crescerá 1,9% em 2024, segundo a edição mais recente do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), publicada em março.

SELIC

No caso da previsão para para a taxa básica de juros (Selic), elevaram de 10,00% para 10,25% a previsão ao final de 2024. Atualmente, ela está em 10,50%, o que significa que o mercado espera um corte de -0,25 ponto porcentual (pp) até o final do ano. Há quatro semanas, a estimativa para a Selic ao fim de 2024 estava em 9,63%.

Para 2025, a estimativa para a taxa Selic subiu de 9,00% para 9,18%. Há quatro semanas, a estimativa para a Selic ao fim de 2025 estava em 9,00%.

DÓLAR

A projeção para a taxa de câmbio em 2024 ficou estável em R$ 5,05 por dólar, enquanto a estimativa para 2025 manteve-se em R$ 5,05 por dólar. Quatro semanas atrás, a previsão para 2025 era igual, mas a estimativa para 2024 era menor, de R$ 5,00

BALANÇA COMERCIAL

As Casas também elevaram previsão de superávit comercial em 2024 para US$ 82,26 bilhões, de US$ 82,00 bilhões na semana passada. A balança comercial mede o resultado das vendas de bens ao exterior (exportações), menos as compras de bens do exterior (importações).

A previsão para o saldo em conta corrente – que reúne os resultados das transferências e das balanças comercial, de serviços e de renda – foi de déficit de US$ 33,00 bilhões, superior ao saldo negativo de US$ 32,50 bilhões observado na semana anterior. A estimativa para o investimento direto em 2024 ficou estável em US$ 70,00 bilhões.

Para 2025, as instituições mantiveram a previsão de superávit comercial em US$ 82,26 bilhões, de US$ 82,00 bilhões na semana passada.

A previsão para o saldo em conta corrente foi de déficit de US$ 40,00 bilhões, igual ao saldo negativo de US$ 40,00 bilhões observado na semana anterior. A estimativa para o investimento direto em 2025 ficou estável em US$ 73,00 bilhões.

DÉFICIT PRIMÁRIO

As instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus mantiveram a previsão de déficit primário em 2024 em 0,70% do Produto Interno Bruto (PIB), mesmo valor observado na semana passada. O resultado primário equivale à diferença entre a receita e a despesa pública, sem considerar os gastos referentes à dívida do governo – como as despesas com o pagamento de juros.

A previsão para o resultado nominal – a diferença entre as receitas e as despesas do governo, inclusive aquelas relacionadas à dívida pública – foi de déficit de 6,96% do PIB, igual ao saldo negativo de 6,96% do PIB observado na semana anterior. A estimativa para a dívida líquida do setor público em 2024 diminuiu para 63,70% do PIB, comparada à projeção de 63,80% do PIB da semana passada.

Para 2025, as instituições reduziram a previsão de déficit primário para 0,60% do PIB, de 0,63% na semana passada.

A previsão para o resultado nominal foi de déficit de 6,30% do PIB, igual ao saldo negativo de 6,30% do PIB observado na semana anterior. A estimativa para a dívida líquida em 2025 ficou estável em 66,50% do PIB.