IPCA sobe 0,46% em maio; expectativas eram de +0,42%

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São Paulo – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu
0,46% em maio na comparação com abril, acelerando-se em relação à alta apurada no período imediatamente anterior (0,38%), segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou acima das expectativas do mercado financeiro, de +0,42%, conforme o Termômetro CMA.

Com isso, o IPCA acumulou alta de 3,93% em 12 meses até fevereiro, acima das estimativas de +3,87%, ainda segundo o Termômetro CMA.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta em maio. A maior variação veio do grupo Saúde e Cuidados Pessoais, com alta de 0,69% e 0,09 p.p. de contribuição. Já os maiores impactos vieram de Alimentação e bebidas (0,62%) e Habitação (0,67%), com 0,13 p.p. e 0,10 p.p. respectivamente. Os demais grupos ficaram entre o -0,53% de Artigos de residência e o 0,50% de Vestuário.

No grupo Saúde e Cuidados Pessoais (0,69%), o resultado foi influenciado pelo plano de saúde (0,77%) e pelos itens de higiene pessoal (1,04%), com destaque para as altas do perfume (2,59%) e do produto para pele (2,26%).

Em Alimentação e bebidas (0,62%), a alimentação no domicílio desacelerou de 0,81% em abril para 0,66% em maio. Foram observadas altas nos preços da batata inglesa (20,61%), cebola (7,94%), leite longa vida (5,36%) e café moído (3,42%).

A alimentação fora do domicílio (0,50%) registrou variação acima do mês anterior (0,39%).

Enquanto o lanche acelerou de 0,44% para 0,78%, o subitem refeição (0,36%) teve variação próxima à observada no mês de abril (0,34%).

No grupo Habitação (0,67%), a alta da energia elétrica residencial (0,94% e 0,04 p.p.) foi influenciada pelos reajustes tarifários aplicados nas seguintes áreas: Salvador (3,67%), com reajuste de 1,63% a partir de 22 de abril; Belo Horizonte (0,82%), de 6,76%, a partir de 28 de maio Campo Grande (-0,32%), de -1,17% a partir de 08 de abril; Recife (-1,42%), de -2,64%, a partir de 29 de abril; Fortaleza (-1,63%), de -2,92% a partir de 22 de abril; e Aracaju (-1,69%), de 1,16% a partir de 22 de abril.

Ainda em Habitação (0,67%), a alta da taxa de água e esgoto (1,62%) decorre dos seguintes reajustes tarifários: de 6,94% em São Paulo (4,79%), a partir de 10 de maio; de 2,95% em Curitiba (1,33%), a partir de 17 de maio; e de 1,95% em Goiânia (0,17%), a partir de 1º de abril. Em gás encanado (0,30%), houve reajuste de 0,97% no Rio de Janeiro (0,97%), a partir de 1º de maio.

No grupo Transportes (0,44%), houve aumento na passagem aérea (5,91% e 0,03 p.p.). Em relação aos combustíveis (0,45%), somente o gás veicular (-0,08%) teve queda, enquanto o etanol (0,53%), óleo diesel (0,51%) e a gasolina (0,45%) registraram alta nos preços.

Ainda em Transportes, a variação do metrô (1,21%) foi decorrente do reajuste de 8,69% no Rio de Janeiro (3,45%), a partir de 12 de abril. No subitem táxi (0,55%), houve reajuste médio de 17,64%, a partir de 22 de abril, em Recife (12,22%).

Regionalmente, somente Goiânia (-0,06%) registrou queda de preços, por conta do recuo na gasolina (-3,61%) e no etanol (-6,57%). Já a maior variação ocorreu em Porto Alegre (0,87%), influenciada pelas altas da batata inglesa (23,94%), gás de botijão (7,39%) e gasolina (1,80%).