O presidente francês Emmanuel Macron aceitou a renúncia do primeiro-ministro Gabriel Attal e de seu governo na tarde de hoje, após uma eleição antecipada inconclusiva. Enquanto um novo primeiro-ministro não for nomeado, Attal e seu gabinete continuarão no governo como interino, para gerir os assuntos correntes na segunda maior economia da zona do euro, sem poder enviar novas leis ao parlamento ou realizar mudanças significativas. Esta situação inclui garantir que os Jogos Olímpicos, que começam em 26 de julho, ocorram sem problemas.
Apesar de estar em papel interino, Attal e outros membros do governo poderão participar da eleição do presidente da assembleia, que ocorrerá na quinta-feira. Esta eleição é crucial, pois nenhum partido ou grupo possui maioria absoluta, deixando em aberto quem comandará o governo. Uma aliança de esquerda, que surpreendentemente liderou as eleições de 30 de junho e 7 de julho, está dividida sobre quem propor como primeiro-ministro, destacando as tensões internas sobre a formação de um possível governo de esquerda.
A incerteza política é acentuada pela chamada de Macron para que partidos mainstream formem uma aliança, uma opção que incluiria parte da aliança de esquerda, mas excluiria o partido França Insubmissa. As negociações entre os partidos de esquerda foram descritas como “deploráveis”, com líderes alertando que a falta de solução poderia resultar em um “naufrágio” político.