Perdas totais representaram 14,1% da energia injetada na distribuição em 2023, segundo Aneel

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São Paulo – Em 2023, as perdas totais representaram 14,1% da energia injetada, sendo 7,4% referente às perdas técnicas, equivalente a 42,0 Terawhatt-hora (TWh) e 6,7% às perdas não-técnicas (38,2 TWh). As perdas não técnicas regulatórias, que são reconhecidas nas tarifas, foram da ordem de 27,3 TWh, aponta o relatório sobre perdas de energia elétrica na distribuição divulgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta quinta-feira.

As empresas com os maiores percentuais regulatórios de perdas técnicas sobre a energia injetada das 51 concessionárias de distribuição em 2023 foram a distribuidora da Equatorial no Pará (Equatorial PA), com 11,9%, seguida por CEA Equatorial (Amapá), Energisa Tocantins e Sulgipe, com 11,5% cada. Os menores percentuais foram de CPFL Piratininga (3,9%) e Forcel e EFLUL (3,8% cada).

Para efeitos de comparação, o consumo residencial da região Sul em 2023 foi de 26,9 TWh, segundo o Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2024 da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

O transporte da energia, seja na rede básica ou na distribuição, resulta inevitavelmente em perdas técnicas, pois parte da energia é dissipada no processo de transporte, transformação de tensão e medição em decorrência das leis da física. Já as perdas não técnicas, apuradas pela diferença entre as perdas totais e as perdas técnicas, têm origem principalmente nos furtos (ligação clandestina, desvio direto da rede), fraudes (adulterações no medidor ou desvios), erros de leitura, medição e faturamento.

Os montantes das perdas não-técnicas foram calculados por ano civil. O cálculo considera o escalonamento das perdas técnicas a partir dos anos de apuração pela STD/Aneel, que antecede a homologação das perdas técnicas nas revisões tarifárias. Os montantes de perdas não técnicas reais resultaram da diferença da perda total pela perda técnica escalonada das distribuidoras.