São Paulo, 30 de julho de 2024 – O mercado internacional tem um início de terça positivo, mas com cautela. As bolsas fecharam mistas na Ásia, com Xangai em baixa e Tóquio em alta. Na Europa, índices no positivo, assim como os indicadores futuros nos Estados Unidos. O dollar index opera perto da estabilidade, enquanto os treasuries estão em baixa, assim como o petróleo.
Os mercados operam em compasso de espera, com as expectativas voltadas para a reunião de quarta do Federal Reserve, o banco central norte-americano. A aposta quase consensual é de manutenção dos juros norte-americanos. Mas os investidores esperam captar sinais no comunicado e nas falas do presidente do Fed, Jerome Powell, sobre a confirmação ou não do início do ciclo de cortes em setembro e sobre o número de movimentos até o final do ano.
O PIB da Eurozona cresceu 0,3% no segundo trimestre de 2024, superando a expectativa do mercado. Na agenda de hoje, atenção para o relatório Jolts sobre empregos e vagas nos Estados Unidos, uma sinalização sobre o desempenho do mercado de trabalho naquele país. Merece atenção também a continuidade da temporada de balanços, com destaque para as big techs no final do dia, quando serão divulgados os dados da Microsoft e da AMD.
No Brasil, o clima também é de cautela, com os investidores de olho no comportamento externo e aguardando a definição da Selic, no final da quarta. Assim como nos Estados Unidos, a aposta é de manutenção dos juros na casa de 10,50% ao ano. A maioria do mercado espera que o comunicado tenha um tom mais duro, diante de preocupações inflacionárias, diante da alta do câmbio, e do ceticismo sobre a questão fiscal.
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 0,61% em julho, demonstrando uma desaceleração em relação ao mês anterior, quando apresentou taxa de 0,81%. Com esse resultado, o índice acumula alta de 1,71% no ano e de 3,82% nos últimos 12 meses. Em julho de 2023, o índice tinha registrado taxa de -0,72% no mês e acumulava queda de 7,72% em 12 meses anteriores. De acordo com o Termômetro CMA, a expectativa era de alta de 0,48% em julho e alta de 3,68% em 12
meses.
Vale acompanhar o desempenho dos papéis da Petrobras, após a divulgação do relatório de prtodução e vendas do segundo trimestre, divulgado no final da noite de ontem. Em termos de indicadores aqui, atenção para o IGP-M de julho e para os dados de mercado de trabalho do Caged.
CORPORATIVO
A produção no Brasil e no exterior de petróleo, líquido de gás natural (LGN) e gás natural da Petrobras alcançou 2,699 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) no segundo trimestre deste ano, alta de 2,4% na comparação anual. “Dentre os principais fatores para essa variação podemos destacar o ramp-up dos FPSOs Almirante Barroso, P-71, Anna Nery, Anita Garibaldi e Sepetiba, além da entrada em produção de 12 novos poços de projetos complementares, sendo 8 na Bacia de Campos e 4 na Bacia de Santos”, segundo a companhia explicou em relatório.
A S&P Global Ratings reafirmou os ratings de crédito da SABESP em BB na escala global e brAAA na Escala Nacional Brasil, com perspectiva estável. A expectativa é de que a empresa mantenha métricas de crédito estáveis nos próximos 12 meses, apesar dos elevados investimentos, preservando liquidez adequada e beneficiando-se de uma regulação mais transparente.
A Equatorial informa que iniciou a operação comercial total da Usina Fotovoltaica Barreiras I (UFV Barreiras 1). O complexo está localizado no município de Barreiras, no estado da Bahia e conta com mais de 800 hectares, 726 mil painéis solares e capacidade instalada para gerar até 350 MW de energia.
A Equatorial Energia S.A. anunciou que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estabeleceu as novas Receitas Anuais Permitidas (RAP) para as Concessionárias de Transmissão de Energia Elétrica para o ciclo 2024-2025. O total consolidado das RAP das distribuidoras da Equatorial para o período é de aproximadamente R$ 1,2 bilhão, representando um aumento total de 4,0%.
O Grupo CCR encerrou o segundo trimestre de 2024 com lucro líquido ajustado de R$ 411 milhões, crescimento de 102,1% na comparação com o mesmo período do ano passado. No período, a companhia apurou uma receita líquida ajustada de R$ 3,48 bilhões, um aumento de 12,5% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. O EBITDA ajustado consolidado chegou a R$ 2 bilhões, uma expansão de 14,4% quando comparado ao mesmo intervalo do ano anterior. Com isso, a margem ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustada foi de 57,6%, alta de 0,9 ponto percentual sobre o registrado em abril, maio e junho de 2023. Trata-se do melhor segundo trimestre da história do grupo.
O lucro líquido da Telefônica Brasil teve alta de 8,9% no segundo trimestre de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023, para R$ 1,22 bilhão, beneficiado pela sólida evolução do EBIT (+8,7% a/a), além da redução da despesa financeira líquida (-27,6% a/a)
Nesta segunda-feira, a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Petrobras oficializaram uma colaboração pioneira com a assinatura de um Acordo de Cooperação Técnica. O ministro da CGU, Vinícius Marques de Carvalho, e a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, assinaram o compromisso que marca um passo importante na busca por uma governança mais robusta, pela integridade nas operações da estatal e pelo compromisso com a melhoria contínua dos processos e confiança dos stakeholders.
Camila Brunelli e Dylan Della Pasqua / Safras News
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