Lucro líquido ajustado da RD Saúde resce 2,1% no 2° trimestre de 2024

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São Paulo, SP – A RD Saúde (ex-RaiaDrogasil) divulgou ontem (6) o balanço do segundo trimestre de 2024 (2T24), com lucro líquido ajustado de R$ 356,6 milhões, alta de 2,1% em comparação ao mesmo período do ano passado (2T23). A margem líquida foi de 3,4% da receita bruta, uma contração de 0,5 pp em comparação ao mesmo período do ano anterior, em que pesem as pressões do trimestre. Sem ajustes, o lucro foi de R$ 348,4 milhões, queda de 4,03% na comparação anual.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 824,4 milhões, alta de 7,4% na comparação anual. A margem EBITDA foi de 7,9%, uma retração de 0,6 pp vs. o 2T23, em linha com as pressões existentes de 0,5 pp pelo menor ganho de pré-alta e de 0,1 pp pelo início da cobrança de PIS/COFINS sobre as subvenções para investimentos. Já no primeiro semestre de 2024, o EBITDA ajustado foi de R$ 1,5 bilhão, um crescimento de 13,1% em comparação ao ao mesmo período do ano passado. A margem EBITDA foi de 7,5%, uma retração de 0,1 pp vs. o primeiro trimestre de 2023, em que pesem as pressões do trimestre.

A receita bruta foi de R$ 10,4 bilhões, um crescimento de 15,4%. Enquanto as receitas do varejo cresceram 14,5% no 2T24, a 4Bio contribuiu com +0,9 pp. No início de abril entrou em vigor o reajuste anual de preços de medicamentos autorizado pela CMED de 4,5%, em contraste ao reajuste de 5,6% autorizado em 2023, uma pressão de 1,1 pp. Adicionalmente, foi registrado um efeito calendário positivo de 0,9 pp, principalmente em função da antecipação do feriado da Páscoa para o 1T24. A receita líquida foi de R$ 9,6 bilhões, acima do valor de R$ 8,4 bilhões registrado no mesmo período de 2023.

A margem de contribuição no 2T24 foi de R$ 1.142,6 milhões, com um crescimento de 8,2% sobre o 2T23. Isso equivaleu a uma margem de 11,0% da receita bruta com uma contração de 0,7 pp vs. o 2T23, principalmente pela menor margem bruta em função da pressão de 0,5 pp pelo menor ganho de pré-alta.

A companhia encerrou o 2T24 com um total de 3.076 farmácias, inaugurando 70 novas unidades no trimestre e encerrando 4. Nos últimos 12 meses, foram 283 aberturas brutas e o guidance de 280 a 300 novas unidades por ano, tanto para 2024 como para 2025 foi reiterado. Dos 4 encerramentos promovidos no trimestre, apenas 1 era de unidade em maturação.

ENDIVIDAMENTO

A dívida líquida ajustada foi de R$ 3,5 bilhões, correspondente a um índice de alavancagem de 1,3x o EBITDA ajustado dos últimos 12 meses, em que pese o pico sazonal de capital de giro. A dívida líquida ajustada leva em consideração R$ 523,5 milhões em recebíveis descontados, R$ 56 milhões em antecipações a fornecedores e R$ 12,9 milhões em obrigações relacionadas a opções de compra/venda de fatias remanescentes em empresas investidas.

Ao final do trimestre, o endividamento bruto totalizou R$ 3,4 bilhões, dos quais 93,4% correspondem à emissão de Debêntures e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e 6,6% à outras linhas de crédito. Do endividamento total, 88% é de longo prazo e 12% de curto prazo. Encerramos o trimestre com uma posição de caixa total (caixa e aplicações financeiras) de R$ 369,7 milhões.