Casas Bahia reverte prejuízo e lucro líquido no 2° trimestre chega a R$ 37 mi

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São Paulo, SP – O Grupo Casas Bahia divulgou ontem (6) o balanço do segundo trimestre de 2024 (2T24), com lucro líquido de R$ 37 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 492 milhões registrado no mesmo período do ano passado (2T23), sendo a margem líquida de 0,6% no trimestre, evoluindo 7,2 pontos percentuais frente ao 2T23. No semestre, o prejuízo líquido foi de R$ 224 milhões, 71,6% inferior ao prejuízo líquido registrado no primeiro semestre de 2023. Excluindo o valor da modificação da dívida, o LAIR e Lucro Líquido (Prejuízo) seriam respectivamente prejuízo de R$ 594 milhões e prejuízo de R$ 384 milhões, ainda melhores em 30% e 22% vs. 2T23, respectivamente.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, da sigla em inglês)
ajustado foi de R$ 452 milhões, queda de 3,5% em comparação com o segundo trimestre de 2023. A margem Ebitda ajustada foi de 7%, alta de 0,7 ponto percentual em relação ao 2T23. Sequencialmente, a margem do 2T24 é a maior em 12 meses e caminha para gradual contínuo crescimento com a perspectiva de melhora de crescimento dos canais de venda

No 1T24, a receita bruta consolidada registrou redução de 14,1% frente ao 2T23, para R$ 7,7 bilhões. A variação é explicada principalmente pela redução na receita das vendas online, apesar do crescimento da receita de marketplace de 2%. A recita líquido foi de R$ 6,4 bilhões, queda de 13,5% na comparação anual. No primeiro semestre, a receita líquida recuou 13,6% na comparação com o mesmo período de 2023, chegando a R$ 12,8 bilhões.

No segundo trimestre, o fluxo de caixa livre foi de R$ 92 milhões, positivo mesmo com a redução de vendas de R$ 1,2 bilhão, demonstrando maior eficiência na gestão de caixa, apesar de ainda não suficiente para pagamento dos juros de R$ 451 milhões. A variação de caixa foi de (21) milhões no 2T24 vs. (760) milhões no 2T23, reflexo das melhorias operacionais.

Apesar de um prejuízo líquido de R$ 224 milhões, o lucro caixa foi positivo em 1,4 bilhão.
No primeiro semestre, o fluxo de caixa livre foi de R$ (84) milhões vs. R$ (307) milhões do 6M23 (melhor resultado dos últimos 5 anos), ainda não suficiente para pagamento dos juros de R$ 976 milhões. A variação de caixa foi de R$ (699) milhões no 6M24 vs. R$ (3,3) bilhões no 6M23, reflexo das melhorias operacionais citadas acima com melhor resultado dos últimos 5 anos (excluindo FO de 2020).

O GMV total em relação ao 2T23 apresentou redução de (11,8%). O GMV omnicanal do 1P foi menor em (13,7%), composto por uma redução de (1,7%) nas lojas físicas e (34,3%) no online. Por outro lado, o GMV do 3P cresceu 0,7% no período e com crescimento de 5,1% no 6M24. O e-commerce, 1P online + 3P, totalizou R$ 3,8 bilhões e foi menor em 24,0% vs. 2T23.

O GMV bruto de lojas físicas foi de R$ 5,9 bilhões, estável mesmo com redução de categorias, e a receita bruta foi de R$ 5,4 bi (redução de 2,5%). A performance das lojas, em evolução mês a mês, ainda tem uma base de comparação diferente e, portanto, reflete a mudança de mix com foco em rentabilidade, um cenário mais restritivo de demanda, menor disponibilidade de crédito para o consumidor e fechamento de lojas.

No 2T24, o caixa incluindo recebíveis não descontados totalizou R$ 2,9 bilhões. O indicador de alavancagem financeira, medido pelo caixa líquido/EBITDA ajustado dos últimos 12 meses ficou em (1,1x). Considerando o saldo de fornecedor convênio e o saldo de CDCI, o mesmo indicador ficou em (2,6x)

Foram fechadas 3 lojas no trimestre, todas da bandeira Casas Bahia, totalizando 1.073 lojas ao final do período. No 2T24 foram encerrados 4 Centros de Distribuição, em linha com a readequação planejada. Foi observado contínua redução na despesa de PDD e a cobertura mais que supera as perdas. A taxa over 90 foi de 8,5%, melhor em 0,5p.p. vs. 1T23 e 0,6p.p. vs. 2T23, refletindo a tendência na qualidade da carteira. O nível de perda sobre a carteira ativa foi de 4,8%, dentro da média histórica, corroborando os demais indicadores no crediário.

CREDIÁRIO

No 2T24 a carteira do crediário cresceu 4,2% a/a e atingiu R$ 5,5 bilhões. Nas lojas, a penetração foi de 27,2% vs. 22,8% no 2T23. No 1P online a participação do crediário digital foi de 7,9% vs. 5,4% no 2T23, enquanto no 3P foi de 7,4% das vendas vs. 3,6% e está habilitado para +2.700 sellers. Foi observado contínua redução na despesa de PDD e a cobertura mais que supera as perdas. A taxa over 90 foi de 8,5%, melhor em 0,5p.p. vs. 1T23 e 0,6p.p. vs. 2T23, refletindo a tendência na qualidade da carteira. O nível de perda sobre a carteira ativa foi de 4,8%, dentro da média histórica, corroborando os demais indicadores no crediário.