Lucro líquido da Eneva cresce 204,4% no 2° trimestre de 2024

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São Paulo, 14 de agosto de 2024 – A Eneva divulgou na noite de ontem (13) o balanço do segundo trimestre de 2024 (2T24), com lucro líquido de R$ 1,186 bilhão, lata de 204,4% em comparação ao mesmo período de 2023 (2T23). Considerando as participações minoritárias, o resultado líquido da Eneva totalizou R$ 1,066 bilhão, alta de 186,5% em relação ao 2T23.

O EBITDA ICVM consolidado da Eneva totalizou R$ 1,070 bilhão no 2T24, redução de 9,9% frente ao registrado no 2T23, principalmente em função do término de contrato e encerramento das operações na UTE Fortaleza ao final de 2023, que registrou EBITDA de R$ 163,3 milhões no 2T23. Excluindo os resultados da usina em ambas as comparações, o EBITDA consolidado da Eneva apresentaria crescimento de 4,5% no 2T24 em comparação ao 2T23. A margem Ebitda cresceu 8,2 pontos percentuais, chegando a 55,3%. Na comparação semestral, a margem Ebitda avançou 7,5 pontos percentuais no primeiro semestre de 2024, para 54,8%

Como movimentos que impactaram negativamente o EBITDA do 2T24 comparado ao 2T23, além do encerramento das operações da UTE Fortaleza, o segmento de Upstream registrou redução de R$ 65,1 milhões de EBITDA, em função, sobretudo, do menor nível de despacho do Complexo Parnaíba no trimestre. Adicionalmente, o EBITDA da UTE Porto de Sergipe I apresentou redução de R$ 22,3 milhões na comparação anual, refletindo principalmente a contabilização de créditos extemporâneos one-off de PIS e Cofins, no 2T23, que impactaram o EBITDA no valor de R$ 59,4 milhões, beneficiando o resultado daquele período, parcialmente compensados pelo crescimento da margem fixa da usina com o reajuste contratual da receita fixa e redução dos custos fixos.

O fluxo de caixa operacional (FCO) totalizou R$ 933,7 milhões, impulsionado pelo resultado
operacional do trimestre, mas parcialmente compensado pela necessidade de capital de giro do período e pelos pagamentos de imposto de renda (IRPJ) e contribuição social (CSL) no trimestre. O fluxo de caixa de atividades de investimento no 2T24 totalizou saída de caixa total de R$ 508,1 milhões. O fluxo de caixa de financiamento do 2T24 totalizou saída de caixa líquida de R$ 1,113 bilhão. Como resultado, a Eneva encerrou o 2T24 com saldo de caixa livre consolidado de R$ 1,700 bilhão, frente à posição de caixa de R$ 2,387 bilhões no final do 1T24.

A receita operacional líquida foi de R$ 1,943 bilhão, queda de 23% em relação ao 2T23. Na
comparação semestral, a receita operacional recuou 20,8% no primeiro semestre deste ano, fechando em R$ 3,947 bilhões.

O resultado financeiro líquido ficou negativo em R$ 918,7 milhões no 2T24, em comparação aos valor negativo de R$ 308,2 milhões no mesmo período de 2023, principalmente em função do impacto não caixa da variação cambial sobre o arrendamento do FSRU da UTE Porto de Sergipe I de -R$ 567,4 milhões no 2T24, acompanhando a valorização da taxa de câmbio sobre o saldo do passivo remanescente em moeda estrangeira. Vale observar que, no 2T23, a variação cambial sobre o arrendamento do FSRU teve efeito positivo no resultado, como reflexo da desvalorização do câmbio naquele trimestre, contribuindo com resultado não caixa de R$ 179,3 milhões naquele período.

A operação comercial de 100% do Complexo Solar Futura 1 teve início ao final de maio/23, após autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O Complexo é composto pelas UFVs Futura 1 a 22 totalizando 692,4 MWac de capacidade instalada. A conclusão da estabilização do Complexou ocorreu ao final de outubro/23, quando 100% das UFVs encontravam-se operacionais. Em continuidade à trajetória de crescimento de disponibilidade após a estabilização, o Complexo atingiu disponibilidade média de 97% no 2T24, sendo 98,5% no mês de junho, maior resultado alcançado desde o início da operação comercial do complexo.

ENDIVIDAMENTO

A dívida bruta consolidada (líquida do saldo de depósitos vinculados aos contratos de
financiamento e custos de transação) encerrou junho/24 em R$ 19,529 bilhões frente a R$ 18,263 bilhões em junho de 2023 e R$ 19,837 bilhões ao final de março de 2024. Como resultado das iniciativas de liability management da Companhia, ao final do 2T24 o prazo médio de vencimento da dívida consolidada era de cerca de 5,7 anos, aumento de 0,7 anos em relação ao prazo médio do 1T24 e de 0,4 anos frente ao 2T23. O spread médio das dívidas indexadas ao IPCA era de 5,2%, enquanto o spread da dívida indexada ao CDI totalizava 1,9% ao final do trimestre.

Ao final de junho/24, o saldo de caixa da Companhia somava R$ 1,700 bilhão, ligeiramente acima do saldo de caixa reportado em junho/23, de R$ 1,687 bilhão, e redução de R$ 687,6 milhões na comparação com o saldo de caixa registrado em março/24, de R$ 2,387 bilhões. A dívida líquida consolidada totalizava R$ 17,828 bilhões ao final do 2T24, com relação de dívida liquida/EBITDA nos últimos 12 meses de 4,36x. Conforme a revisão dos limites máximos até 2T24 dos covenants vinculados à relação dívida líquida/EBITDA consolidada, aprovados em 2022 nas Assembleias Gerais de Debenturistas, o limite máximo foi revisado para 5,0x entre o 1T24 e o final do 2T24, retornando para o limite máximo de 4,5x a partir do 3T24, conforme originalmente previsto nas escrituras de emissão das debêntures.