Gol reverte lucro e registra prejuízo no 2° trimestre de 2024

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Foto divulgação: Gol Linhas Aéreas

São Paulo, SP – A Gol divulgou na noite de ontem (14) o balanço do segundo trimestre de 2024 (2T24), com prejuízo líquido de R$ 3,9 bilhões, revertendo lucro líquido de R$
556 milhões registrado no mesmo período do ano passado (2T23). Já o prejuízo líquido ajustado de R$ 1 bilhão, excluindo os ganhos com variação cambial líquida de R$ 2,7 bilhões, perda de R$ 166 milhões relacionado aos Exchangeable Notes e Capped Calls, além das despesas não recorrentes de R$336 milhões de Chapter 11. No segundo semestre, o prejuízo líquido foi de R$ 121 milhões, revertendo o lucro líquido de R$ 1,176 bilhão alcançado no primeiro semestre de 2023.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês)
recorrente foi de R$ 745 milhões, queda de 21,3% em relação ao 2T23. Na comparação semestral, o Ebitda recorrente recuou 0,5%, fechando o primeiro semestre de 2024 com R$ 2,174 bilhões. A margem Ebitda recorrente recuou 3,9 pontos percentuais, a 18,9%. Na comparação semestral a margem Ebitda cresceu 1 p.p., fechando em 25,1%.

Estima-se que a enchente no estado do Rio Grande do Sul tenha reduzido o resultado operacional em cerca de R$100 milhões, devido a uma redução de R$120 milhões nas receitas e aproximadamente R$20 milhões na redução de custos, com o menor número de voos operados. Esse efeito representou uma redução de 1,9 p.p. na margem operacional do trimestre.

A receita líquida foi de R$ 3,937 bilhões, queda de 5% em relação ao 2T23. Na comparação
semestral, a receita líquida recuou 4,6% no primeiro semestre de 2024, chegando a R$ 8,651 bilhões.

Apesar da queda de 7,2% na oferta de assentos disponíveis por quilômetro (ASK) na operação de passageiros, o crescimento das unidades de negócio GOLLOG e Smiles e a gestão eficiente das vendas resultaram em um crescimento da receita unitária por assento quilômetro (RASK) de 2,4% no 2T24 frente ao 2T23, com redução da receita líquida de 5,0% no trimestre. A GOL estima que o fechamento do Aeroporto Internacional Salgado Filho gerou uma perda de receita de aproximadamente R$ 120 milhões. Excluindo este impacto, a receita líquida do trimestre teria caído apenas 2,1%.

O Caixa total da Companhia (que inclui caixa, equivalentes de caixa e aplicações financeiras) atingiu R$2,6 bilhões. Em 30 de junho de 2024, o caixa total somado ao contas a receber totalizou R$ 5,5 bilhões, representando 30,1% da receita dos últimos doze meses. Em 30 de junho de 2024, os Empréstimos e Financiamentos contabilizados da GOL eram de R$ 19 bilhões, dos quais R$ 5,5 bilhões são relativos ao DIP Loan. O passivo total de arrendamento era de R$ 10,2 bilhões.

A dívida bruta total do 2T24 era de R$ 29,2 bilhões, representando um aumento de 33,3% quando comparada ao 2T23. A variação cambial no período aumentou a divida bruta em R$ 2,7 bilhões. A relação dívida líquida ajustada/EBITDA UDM atingiu 5,1x em 30 de junho de 2024.

Somados os efeitos de redução da oferta em Porto Alegre, a oferta de assentos-quilômetros
disponível total (ASK) foi menor em 7,2% em comparação ao segundo trimestre de 2023 (2T23). Apesar destes efeitos, a GOL aumentou seu ASK internacional em 14,4% no trimestre (21,1% no semestre) frente ao mesmo período do ano anterior.

A Gol adicionou uma nova aeronave Boeing 737-MAX 8 à sua frota. Além disso, como parte do plano de renovação de frota e recuperação da eficiência operacional, a Companhia devolveu duas aeronaves Boeing 737-NG. Em 30 de junho de 2024, a GOL possuía uma frota total de 141 aeronaves Boeing, sendo 47 737-MAX, 88 737- NG e 6 cargueiros 737-800BCF. A frota da Companhia é 100% composta por aeronaves narrowbody da família Boeing 737, todas financiadas por meio de arrendamentos operacionais