São Paulo, 15 de agosto de 2024 – A Marfrig divulgou na noite de ontem (14) o balanço do segundo trimestre de 2024 (2T24), com lucro líquido de R$ 75 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 784 milhões registrado no mesmo período de 2023 (2T23). Na comparação semestral, o lucro liquido foi de R$ 138 milhões, revertendo o prejuízo líquido de R$ 1,4 bilhão registrado no primeiro semestre de 2023.
No 2T24, o lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) gerencial consolidado foi de R$ 3,378 bilhões, um crescimento de 64,8% na comparação contra o ano anterior, o significativo avanço é explicado pela forte performance da BRF, que compensou o desempenho da Operação América do Norte. A margem Ebitda Gerencial Consolidada foi de 9,7%, 2,8 pontos percentuais superior à margem do 2T23. No trimestre, 78% do Ebitda consolidado gerencial é resultado da BRF, 14% na América do Norte e 8% na Operação América do Sul.
A Receita Líquida Consolidada da Marfrig, considerando a Operação Continuada Gerencial na América do Sul, foi de R$ 34,771 bilhões, um crescimento de 16,5% em relação ao 2T23. Todos os segmentos apresentaram evolução em suas vendas, com destaque para a BRF e a Operação Continuada da América do Sul. No trimestre, 43% da Receita consolidada gerencial é resultado da BRF, 47% na América do Norte e 10% na Operação América do sul.
A Marfrig tem apresentado um mix de receita distribuído entre os principais mercados consumidores do mundo. No 2T24, os Estados Unidos representaram 41% das vendas totais, em linha com o mesmo período de 2023. A participação do Brasil foi de 24%, 2 pontos percentuais abaixo do 2T23. As receitas das exportações para o Oriente Médio atingiram 4% e ficaram 3 pontos percentuais abaixo das receitas provenientes das exportações para China e Hong Kong, que atingiram 7%. Devido à consolidação da BRF, a partir do 2T22, o perfil dos mercados consumidores foi alterado para uma composição mais diversificada.
O resultado financeiro consolidado líquido do 2T24, antes do efeito da variação cambial, foi uma despesa de R$ 1,536 bilhão, um aumento de 31% em comparação ao 1T24, explicado pela menor variação positiva da hiperinflação, principalmente na Argentina e outras despesas financeiras impactadas pela desvalorização do Real. A variação cambial foi negativa em R$ 360 milhões, portanto, o resultado financeiro líquido consolidado do 2T24, totalizou R$ 1,896 bilhão em
despesas financeiras.
No 2T24, o Custo de Produtos Vendidos da Marfrig, considerando a Operação Continuada na América do Sul no resultado consolidado, foi de R$ 29,911 bilhões, um aumento de 10,2% em relação ao ano anterior. O crescimento do custo é explicado pelo maior volume de vendas em todos os segmentos.
O fluxo de caixa operacional consolidado foi positivo em R$ 2,603 bilhões, os investimentos
consolidados realizados no período foram de R$ 1,017 bilhão, e o montante caixa com despesas financeiras consolidadas foi de R$ 1,166 bilhão, como resultado, o fluxo de caixa livre do trimestre foi positivo em R$ 419,3 milhões.
A Dívida Líquida Consolidada gerencial de fechamento do 2T24 foi de US$ 7,091 bilhões ou R$ 39,416 bilhões, um acréscimo de 8,9% em comparação ao 1T24, explicado principalmente pela variação cambial, que no período foi negativa em R$ 2,827 bilhões. Tanto em Reais quanto em Dólares, o índice de alavancagem medido pela relação entre Dívida Líquida Gerencial e o Ebitda ajustado (últimos 12 meses) apresentou queda, de 3,43x em reais no 1T24 para 3,38x no 2T24; e de 3,39x em dólar para 3,05x no 2T24.
