São Paulo, SP – Os índices futuros americanos e as bolsas europeias abriram em alta. A semana termina com o mercado mais animado com a possiblidade concreta do Comitê Geral do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), cortar os juros em sua próxima reunião, em 18 de setembro.
Os dados do varejo divulgados ontem afastou, pelo menos por ora, a possibilidade dos Estados Unidos entrar em recessão. O setor cresceu 1% na comparação anual, bem acima da previsão de +0,3%. Outro numero importante revelado ontem foi a queda no número de novos pedidos de seguro-desemprego no país, que vieram abaixo do esperando, apesar de ter recuado em 7 mil na comparação com a semana anterior
Diante da economia forte e do emprego controlado, analistas acreditam que há ambiente para o Fed cortar os juros em 0,25 ponto percentual em setembro. A expectativa é que até o fim do ano, os juros nos EUA recuem até 1%. Ontem, o presidente do Fed St.Louis, Alberto Musalem, disse que a hora do Fed considerar um corte nos juros está chegando. “Atualmente, parece que o equilíbrio dos riscos entre inflação e desemprego mudou. Pode ser que em breve um ajuste para uma política moderadamente restritiva se torne apropriado.”
Musalem vê o crescimento do PIB no segundo trimestre entre 1,5% a 2%, e não acredita que o Fed esteja atrasado no corte dos juros. “A economia está indo muito bem. Vejo riscos em cortar muito cedo ou muito tarde”.
Por aqui, hoje será divulgado o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br),
considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB). A previsão é uma alta de 0,60% em junho ante maio, conforme a mediana das projeções coletadas pelo Termômetro Safras News. Na comparação com junho do ano passado, o indicador deve ter alta de 2,30%. Em base mensal, as projeções de sete instituições financeiras variam entre 0,30% e 0,90% (média de 0,57%). Em termos anuais, as previsões apontadas pelas sete ‘casas’ consultadas vão de 0,20% a 2,80% (média de 2,09%).
Em Brasília, as Mesas Diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado, em conjunto com dez partidos – PL, União Brasil, PP, PSD, PSB, Republicanos, PSDB, PDT, Solidariedade e PT – apresentaram ontem pedido de suspensão de liminar das decisões monocráticas do ministro do STF Flávio Dino, que interromperam a execução de emendas impositivas que transferem recursos para estados e municípios. Somente neste ano, as emendas individuais de transferências especiais somam R$ 8,2 bilhões.
“Numa única decisão monocrática, o Supremo Tribunal Federal desconstituiu 4 Emendas
Constitucionais, em vigor há quase 10 anos, e aprovadas por 3 legislaturas distintas”, afirmou nota. “As decisões causam danos irreparáveis à economia pública, à saúde, à segurança e à própria ordem jurídica, além de violar patentemente a separação de poderes.”
No setor corporativo, a Suzano concluiu o programa de recompra de ações da companhia iniciado em 29 de janeiro de 2024. Foram adquiridas 40 milhões de ações em pregão regular de bolsa de valores, ao preço médio de R$ 54,81/ação, perfazendo R$ 2.192 milhões.
O Banco BTG Pactual concluiu aquisição do controle acionário do Banco Nacional S.A.,
anteriormente em liquidação extrajudicial. A conclusão ocorreu após o cumprimento de todas as condições precedentes.
O Banco Central do Brasil (BC) informou a ocorrência de incidente de segurança com dados pessoais vinculados a chaves Pix sob a guarda e a responsabilidade do Banco BTG Pactual, em razão de falhas pontuais em sistemas dessa instituição.
A BlackRock, Inc., atuando como administradora de investimentos informou que adquiriu 12.917.490 ações preferenciais da Bradespar S.A., o que representa aproximadamente 5,063% do total de ações preferenciais da companhia.
A Gerdau informou que a Addiante, joint venture da sua controlada Gerdau Next com a Randon Serviços, celebrou contrato de locação de equipamentos com a Ambipar e controladas, prevendo a compra de 1.607 veículos pela Addiante que deverão ser substituídos por uma nova frota em até 24 meses.