Goldman Sachs eleva preço-alvo e mantém recomendação de compra da Vibra

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São Paulo, SP – O Goldman Sachs elevou o preço-alvo para as ações da Vibra, passando de R$ 30,70 para R$ 32,10, e manteve a recomendação de compra para ação da distribuidora de combustíveis. Às 11h30, a ação da companhia recuava 0,41%, a R$ 26,14.

Segundo os analistas do banco de investimentos, a expectativa é que as margens de distribuição de combustíveis melhorem no segundo semestre de 2024, principalmente associada com um melhor ambiente comercial, já que o excesso de oferta observado na primeira metade do ano não se repetirá.

A análise também traçou uma perspectiva mais favorável sobre a informalidade no setor, que é um dos principais fatores que influenciam as margens baixas, especialmente em Etanol. O Goldman vê um ambiente mais rigoroso por parte dos reguladores em relação a renovação de licenças de operação, fazendo com que players irregulares não se mantenham no mercado.

“Mantemos nossa preferência pela Vibra entre nossas coberturas de distribuidoras de combustíveis, seguindo sua natureza no contexto de uma melhoria sequencial em sua rentabilidade. Também vemos espaço para dividendos sólidos no futuro, após o forte caixa geração que projetamos para o curto prazo (FCFy de 10/12% em 24/25E, respectivamente) juntamente com um balanço saudável (1,5-1,2x ND/EBITDA)”, apontou o Sachs.

Por fim, a análise lembrou que, apesar do ambiente mais favorável, o cenário ainda inspira
atenção diante da possibilidade de uma queda no nível de atividade econômica no país,
implementação mais lenta das medidas estruturantes para o setor, Brent com preços mais elevados e intervenção governamental nos preços da gasolina/diesel.

A Vibra registrou lucro líquido de R$ 867 milhões no segundo trimestre de 2024, alta de 551,9% na comparação anual. A receita líquida ajustada foi de R$ 42,3 bilhões no período, 13,2% maior que o visto no mesmo intervalo do ano anterior. O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado aumentou 7,3% no trimestre e somou R$ 1,55 bilhões. O volume de vendas foi de 8,8 bilhões de metros cúbicos (m/3) no trimestre, número 2,3% inferior que o visto em igual período do ano passado.

Sobre a Cosan, o Sachs também elevou o preço-alvo, passando de R$ 22,40 para R$ 25,30, refletindo a melhora do valor de mercado da Raízen e a perspectiva mais alta de valor justo para a Rumo. Também houve elevação do preço-alvo para a Ultrapar, que passou de R$ 28,40 para R$ 28,80, apesar da expectativa de manutenção nos volumes de vendas da Ipiranga e da Ultragaz (distribuidora de combustíveis e gás da Ultrapar) para os próximos anos.