O Banco do Japão (BoJ) manteve sua taxa de juros em 0,25% na decisão (que foi unânime) de sua política monetária, divulgada hoje de madrugada.
“A economia japonesa mostrou uma recuperação moderada, apesar de algumas áreas ainda apresentarem fraqueza. A produção industrial e as exportações permaneceram estáveis, enquanto os lucros corporativos e os investimentos empresariais cresceram de forma moderada. O consumo privado tem aumentado gradualmente, apesar da pressão dos preços, mas os investimentos em habitação continuam fracos e os investimentos públicos estáveis”, diz um trecho do comunicado do banco.
“A expectativa é de que a economia continue a crescer acima de sua taxa potencial, apoiada pelo crescimento moderado das economias internacionais e por um ciclo virtuoso entre renda e consumo. Espera-se que a inflação se mantenha pressionada até o ano fiscal de 2025, com a redução das medidas governamentais que limitavam a inflação”, continua o documento.
O banco cita que ainda há muitas incertezas em relação à atividade econômica e aos preços, como a evolução das economias e dos preços internacionais, os preços das commodities e o comportamento das empresas em relação aos salários e preços. “É importante monitorar os mercados financeiros e cambiais, pois com as empresas mais propensas a ajustar salários e preços, as flutuações cambiais têm maior probabilidade de impactar os preços domésticos”.
“Durante a coletiva de imprensa, o governador Kazuo Ueda reiterou que o Banco do Japão continuará ajustando o grau de flexibilização monetária se a perspectiva de estabilidade de preços for alcançada e a economia melhorar conforme previsto pelo BoJ. Com isso, ele deixou claro que há possibilidade de novos aumentos nas taxas de juros no futuro. No entanto, Ueda não deu a entender que haja qualquer motivo para o BoJ apressar um aumento nas taxas de juros”, afirmam os analistas da ING.
