São Paulo, 23 de setembro de 2024 – A agência de classificação de risco Moodys rebaixou o rating corporativo da Azul para ‘Caa2’ de ‘Caa1’. Ao mesmo tempo, rebaixou para ‘Caa1’, de ‘B3’, a classificação da dívida sênior garantida, para ‘Caa2’, de ‘Caa1’, o rating das dívidas seniores garantidas da Azul Secured Finance LLP (Delaware) e para ‘Caa3’, de ‘Caa2’ os ratings da dívida sênior sem garantia da Azul Investimentos LLP. A perspectiva para os emissores foi alterada de positiva para negativa. Segundo relatório, o rebaixamento da Azul reflete os resultados mais fracos da companhia durante 2024 e a consequente queima de caixa, o que aumentou os riscos de liquidez.
A Azul gerou R$ 1,2 bilhão em EBIT (lucro antes de juros) durante o primeiro semestre de 2024, mas altas necessidades de capital de giro, carga da dívida e despesas de capital levaram a uma queima de caixa cumulativa de R$ 1,2 bilhão no mesmo período.
A Moodys também ressalta que posição de caixa da Azul caiu para R$ 1,4 bilhão no final de junho de 2024, de cerca de R$ 1,9 bilhão no final de 2023, e a empresa tem R$ 5,9 bilhões em obrigações financeiras e de arrendamento vencendo a curto prazo.
Como resultado, conforme a agência de risco, o risco de liquidez da Azul aumentou, e a empresa precisará buscar negociações adicionais com arrendatários e financiamento adicional para atender suas necessidades de liquidez.
A classificação familiar corporativa Caa2 da Azul (CFR) reflete a exposição da Azul à volatilidade da indústria aérea e aos crescentes riscos macroeconômicos, combinados com seus indicadores de crédito ainda fracos, diz relatório. A Azul tem um balanço altamente alavancado e uma cobertura de juros fraca, o que limita a geração de fluxo de caixa livre (FCF) da empresa, completa o documento.