S&P segue Moody’s e Fitch e afirma rating global da Prio em BB e altera perspectiva para positiva

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São Paulo, 2 de outubro de 2024 – A agência de classificação de risco S&P revisou a perspectiva da nota de crédito da Prio para positiva, após o recente anúncio de aquisição de participação no campo da Sinochem, que aumentará a produção do Prio em 2025 em cerca de 32% e as reservas em cerca de 20%. A decisão segue as revisões das agências Fitch e Moody’s, que também alteraram a perspectiva dos ratings para positiva e afirmaram suas classificações de risco de crédito para a petrolífera.

“Combinado com a nossa expectativa de maior produção dos ativos circulantes da empresa em 2025, esperamos que o Prio produza cerca de 160.000 barris de petróleo por dia em 2025 significativamente superior aos cerca de 90.000 por dia em 2024”, disse a S&P, em seu relatório.

“Como resultado, revisamos nossa perspectiva sobre o Prio de estável para positiva. Ao mesmo tempo, afirmamos nossos ratings de crédito de emissor de longo prazo ‘BB-‘ e ‘brAA+’ em escala global e nacional e rating de emissor de curto prazo em escala nacional ‘brA-1+’ para a empresa, nosso rating de emissão ‘BB’ para suas notas seniores com garantia e nosso rating de emissão ‘brAA+’ para suas debêntures seniores sem garantia”, explicou a agência.

A S&P disse que a perspectiva positiva indica que poderá elevar os ratings da Prio nos próximos 12 meses se a empresa aumentar a produção enquanto mantém a alavancagem controlada.

Moody’s afirma rating Ba3 e altera perspectiva para positiva

A agência de classificação de risco Moody’s afirmou hoje o rating corporativo Ba3 da Prio e o rating Ba3 da PetroLux US$ 600 milhões em notas seniores garantidas com vencimento em 2026. Simultaneamente, a agência alterou a perspectiva dos emissores para positiva, de estável, após o anúncio da aquisição de uma participação de 40% em Peregrino, um campo de produção de petróleo e gás no Brasil, que aumentará materialmente a produção e o tamanho das reservas da Prio, após a conclusão da transação.

Na segunda (30), a Fitch anunciou a revisão da perspectiva dos ratings corporativos da Prio para positiva, de estável, e mencionou a recente aquisição da fatia no campo da Sinochem entre os fatores para justificar a mudança.

A Moody’s disse que a mudança na perspectiva do rating da Prio para positiva segue o anúncio da assinatura de um acordo para adquirir 40% de Peregrino, um campo de produção de petróleo e gás da Sinochem International Oil por US$ 1,915 bilhão, sujeito aos habituais ajustes de preço. O campo produz cerca de 88 mil boed de petróleo e está localizado próximo ao cluster Polvo e Tubarão Martelo da Prio. Ao fechar, o consórcio da Peregrino será formado pela Equinor (operadora, com 60% de participação) e PRIO (40% de participação). Com esta aquisição, a PRIO irá adicionar mais de 35 mil boed de produção de petróleo e cerca de 113 Mbbl em reservas 1P, um aumento de cerca de 42% e 19%, respetivamente. O negócio está sujeito a condições precedentes, como direito de preferência da Equinor, aprovação do regulador brasileiro de petróleo e gás e do órgão antitruste.

A Prio pagou US$ 191,5 milhões na assinatura e pagará os US$ 1,723 bilhão restantes no fechamento com os ajustes de preço habituais. A Prio levantou cerca de US$ 1 bilhão em novos empréstimos bilaterais e usará o caixa do balanço para financiar a aquisição. Pro forma ao pagamento da nova dívida e aquisição, a alavancagem ajustada da Prio pela Moody’s atingirá um pico de 1,8x, acima dos 1,3x nos doze meses encerrados em junho de 2024, mas a agência estima que a alavancagem diminuirá para cerca de 1,1x até 2025. Os índices de alavancagem líquida da petrolífera permanecerão mais confortáveis no pico de 1,4x no fechamento da aquisição, diminuindo gradativamente para 0,3x em 2025. A Prio espera extrair sinergias dos campos, nomeadamente melhores condições comerciais e custos logísticos.

A Moody’s afirma que os ratings Ba3 da Prio refletem “a alta eficiência operacional e geração de caixa da empresa, o que suporta baixa alavancagem de dívida e bons índices de cobertura de juros.” A classificação também é apoiada pela alta flexibilidade de gastos de capital da Prio, pelo ambiente regulatório favorável e pelo fato de o capital da empresa estar listado na bolsa de valores brasileira, o que fortalece sua governança corporativa. O rating Ba3 também reflete o aumento da produção da companhia e do tamanho das reservas provadas desenvolvidas após a aquisição dos campos de Albacora Leste e Peregrino.

Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)

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