Itaú BBA eleva preço-alvo e mantém recomendação de compra para a SLC Agrícola

182
Fazenda Pamplona, da SLC Agrícola, localizada em Cristalina (GO) / Divulgação

São Paulo, SP – O Itaú BBA elevou o preço-alvo da ação da SLC Agrícola de R$ 24 para R$ 25, em 2025, e manteve a recomendação outperform (desempenho superior ao de um indicador de referência), refletindo a posição de liderança da empresa como o produtor de menor custo em um setor chave para o Brasil. “Nossa atualização inclui as intenções de plantio para a safra 2024/25, incorporando todos os contratos de arrendamento de terras anunciados e ajustando o movimento descendente da curva futura de commodities”, destacou o banco de investimentos.

Às 11h45, a ação da companhia recuava 2,15%, a R$ 18,14.

A SLC espera aumentar a área plantada de algodão, soja e milho em 2,5%, 19% e 25% em 2024/25, respectivamente. Como resultado, o Itaú revisou a projeção consolidada para cima em 7%, principalmente devido aos contratos de arrendamento anunciados recentemente.

Na semana passada, a companhia divulgou a intenção inicial de área plantada, produtividade e custo de produção por hectare para a safra 2024/25, bem como a posição de hedge de commodities e câmbio atualizada para a safra. A área plantada para a safra 2024/25 será de 736,9 mil hectares, com crescimento de 11,4% em relação à safra 2023/24.

O aumento de área plantada reflete as últimas operações divulgadas, ampliação da parceria com o Grupo Soares Penido, nova joint venture criada com a Agropecuária Rica e o novo contrato de arrendamento celebrado no Piaui. O mix de plantio retorna para o potencial máximo de maximização de retorno das culturas, semelhante a primeira intenção de plantio da safra 2023/24.

“As produtividades estimadas para 2024/25 refletem a nossa expectativa em relação ao potencial produtivo das lavouras, sempre considerando a curva de tendência de cada cultura. Os custos por hectare orçados para a safra 2024/25 apresentam 5,2% de queda em relação ao orçado da safra 2023/24. Essa queda reflete principalmente o declínio dos preços dos fertilizantes, defensivos e sementes que têm uma forte correlação com os preços das commodities”, explicou a SLC.

Segundo a análise do Itaú, diante do cenário instável, a expectativa é que os preços de soja e algodão devem recuar 9% e 6% em 2025, respectivamente. No entanto, ressaltou o banco de investimentos, os preços comprimidos de grãos podem implicar em mais oportunidades para a SLC expandir suas operações por meio de leasing acumulativo na próxima janela.

“Vemos o SLC sendo negociado com um rendimento FCFE recorrente de 8,5% em 2025, o que pode não ser suficiente para justificar o aumento do entusiasmo no curto prazo. Não obstante, notamos que o nível atual de FCFE inclui um preço comprimido das commodities com uma assimetria positiva no longo prazo. Ainda consideramos a SLC um ativo valioso para capitalizar a crescente tendência estrutural do agronegócio no Brasil, já que a empresa é a operadora líder em seu segmento”, concluiu o Itaú.