São Paulo, 9 de outubro de 2024 – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou a aprovação da indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central (BC), a partir de 2025, ontem pelo Senado. “A sabatina foi bem sucedida, com muita maturidade e com uma votação expressiva. É um sinal que institucionalmente as coisas vão bem”.
Questionado sobre a nova composição da diretoria – três nomes serão substituídos até o final do ano -, Haddad garantiu que a questão de gênero é uma das preocupações para a nova composição. “Passada essa etapa, Galípolo ficou de levar ao presidente Lula os nomes para a diretoria. Acreditamos que os novos nomes poderão ser sabatinados em novembro. Eles serão submetidos ao presidente e depois para o senador Rodrigo Pacheco, para que ele marque as datas na Comissão de Assuntos Econômicos e ao Senado”.
Haddad frisou que Galípolo é “uma pessoa técnica, como todos os diretores do BC”. Segundo o ministro, as escolhas obedecem a o critério técnico, de “pessoas comprometidas com o combate à inflação e trazê-la para a meta”.
Ao ser perguntado sobre o atual patamar dos juros, Haddad afirmou que a taxa Selic já está alta e em patamar restritivo, mas disse que esta é uma questão técnica, que será discutida pelos novos diretores.
O ministro destacou que a economia está forte. Sobre o IPCA de hoje, que subiu 0,44%, o ministro disse que os núcleos estão bem comportados, mas que a estiagem atingiu energia e alimentos. “Isso não tem relação com juros. Juro não faz chover”, reiterou, acrescentando que há um choque de oferta em virtude da seca.
“É uma questão temporária. Daqui a pouco a chuva chega e os preços voltam ao normal. Isso tem que ser analisado com cautela. Não se pode adotar decisão equivocada por uma questão temporária”, concluiu, acrescentando que o Ministério da Fazenda e o Banco Central têm mantido uma relação técnica e marcada pelo respeito de parte a parte.
Dylan Della Pasqua / Safras News
Copyright 2024 – Grupo CMA