São Paulo – A receita real de serviços, que se refere à evolução do volume da atividade no setor em termos reais, descontada a inflação (deflacionado), recuou 0,4% em agosto ante julho, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado ficou abaixo das expectativas do mercado financeiro, de +0,30%, conforme o Termômetro Safras.
Já em relação a agosto de 2023, o volume de serviços avançou 1,7%. O resultado também ficou sensivelmente abaixo ficou acima das expectativas do mercado financeiro, de +3,70%, conforme o Termômetro Safras.
Dessa forma, o setor de serviços se encontra 15,0% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 0,4% abaixo de julho de 2024 (ponto mais alto da série histórica).
No indicador acumulado do ano, o volume de serviços mostrou expansão de 2,7% frente a igual período de 2023.
Já o acumulado dos últimos 12 meses, ao avançar 1,9% em agosto, repetiu as taxas de junho e julho de 2024.
O decréscimo do volume de serviços (-0,4%), observado na passagem de julho para agosto de 2024, foi acompanhado por apenas duas das cinco atividades de divulgação investigadas, com destaque para o recuo de informação e comunicação (-1,0%), que devolveu parte do ganho de 3,7% acumulado nos dois meses anteriores.
A outra retração veio de transportes (-0,4%), que emplaca a segunda taxa negativa seguida, acumulando uma perda de 2,0%.
Em contrapartida, outros serviços (1,4%) e serviços prestados às famílias (0,8%) registraram os avanços do mês, com o primeiro ramo assinalando uma expansão de 1,7% no período julho-agosto, enquanto o último alcançou um ganho acumulado de 4,7% entre maio e agosto. Por sua vez, o setor de profissionais, administrativos e complementares (0,0%) ficou estável neste mês.
Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total do volume de serviços mostrou expansão de 0,4% no trimestre encerrado em agosto de 2024 frente ao nível do mês anterior.
Frente a agosto de 2023, o volume do setor de serviços apontou expansão de 1,7% em agosto de 2024, quinto resultado positivo seguido. O avanço deste mês foi acompanhado por quatro das cinco atividades de divulgação e contou ainda com crescimento em 59,0% dos 166 tipos de serviços investigados.
Entre os setores, o de informação e comunicação (6,9%) exerceu o principal impacto positivo, impulsionado, principalmente, pelo aumento da receita em telecomunicações; portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet; desenvolvimento e licenciamento de softwares; consultoria em tecnologia da informação; e atividades de TV aberta.
Em sentido oposto, os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-2,9%) exerceram a única influência negativa, pressionados, especialmente, pela menor receita vinda de transporte rodoviário de cargas; transporte aéreo de passageiros; correio; e logística de transporte.