Bolsa fecha estável, acima dos 130 mil pts, em dia morno; dólar encerra a R$ 5,69

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Imagem perspectiva mercados
Indicadores da Bolsa de Valores

São Paulo -A Bolsa fechou em leve queda, praticamente estável, conseguiu se segurar acima dos 130 mil pontos, em um pregão parado, com os investidores de olho nos resultados corporativos do terceiro trimestre de 2024. As ações da Petrobras (PETR3 e PETR4) caíram na contramão da cotação do petróleo no mercado internacional.

As ações da Petrobras (PETR3 e PETR4) caíram 1,83% e 1,57%.

O principal índice da B3 caiu 0,10%, aos 130.361,56 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em dezembro subiu 0,02%, aos 132.360 pontos. O giro financeiro foi de R$ 18,2 bilhões. Em Nova York, os índices fecharam mistos.

Fabio Louzada, economista, planejador financeiro e fundador da Eu me banco, disse que “em dia de agenda esvaziada e início da temporada de balanços. O Ibovespa opera em queda com proximidade das eleições americanas e preocupações fiscais”.

As ações da Embraer (ON, +4,16%) se destacam no positivo após a empresa divulgar relatório de entregas e carteira de pedidos, que alcançou o nível mais alto em nove anos, no total de US$ 22,7 bilhões. O Citi reiterou a recomendação de compra para os ADRs da companhia disse Louzada.

A Hypera (ON, +1,90%) se recuperou após forte queda, e passou a subir reagindo à proposta da EMS de uma oferta pública a R$ 30 por ação.

“A junção das empresas representaria aumento no faturamento, o que o mercado vê com bons olhos”, disse Louzada.

Pedro Caldeira, sócio da One Investimentos, disse que o mercado está de olho na temporada de balanços e indicadores ao longo da semana aqui e lá fora.

“O principal trigger é a temporada de balanço, e isso pode chamar fluxo para a bolsa. Temos IPCA-15 aqui, Livro Bege nos EUA e as eleições americanas [dia 5/11] vão ganhando cada vez mais força. O que realmente está tirando a atratividade é a parte macro, riscos fiscais e políticos. Se tiver notícia positiva do fiscal, esse fluxo pode ser potencializado. A temporada de resultados [3T24] entra com papéis descontados-Petrobras, Banco do Brasil, Smalls Caps abaixo do seu preço justo, e isso acaba trazendo o investidor pro brasil por conta da atratividade”.

No mercado de câmbio, o  dólar comercial fechou em queda de 0,14%, cotado a R$ 5,6923. A moeda refletiu, ao longo da sessão, a falta de indicadores tanto aqui quanto lá fora, e certa percepção de melhora no fiscal doméstico.

O analista da Potenza Capital Bruno Komura, entende que o clima de hoje é de menor aversão ao risco, com menos tensão nos Estados Unidos, mas que o fiscal doméstico segue no radar.

De acordo com a Ajax Asset, “lá fora, é dia mais fraco de agenda nos Estados Unidos, e os mercados acionários registram leves baixas, enquanto os juros dos Treasury bonds avançam modestamente, favorecendo o dólar. Por aqui, os ativos devem continuar com fraco desempenho devido ao ambiente externo negativo, que amplifica os efeitos das incertezas domésticas”.

Assim como o dólar, as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em queda. Isso reflete a percepção do cenário fiscal doméstico.

Por volta das 16h40 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2025 tinha taxa de 11,198% de 11,194% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2026 projetava taxa de 12,675%, de 12,705%, o DI para janeiro de 2027 ia a 12,835%, de 12,900%, e o DI para janeiro de 2028 com taxa de 12,875% de 12,920% na mesma comparação.

No exterior, os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão mistos, devolvendo parte dos ganhos robustos da semana passada, à medida que os juros dos Treasuries subiram e os investidores aguardavam novos balanços corporativos.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: -0,88%, 42.931,60 pontos
Nasdaq 100: +0,27%, 18.540,0 pontos
S&P 500: -0,18%, 5.853,98 pontos

Paulo Holland e Darlan de Azevedo /Agência Safras News