Prejuízo líquido do Pão de Açúcar recua 76% no 3° trimestre de 2024

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São Paulo, SP – O Grupo Pão de Açúcar (GPA) divulgou na noite de ontem (5) o balanço do terceiro trimestre de 2024 (3T24), com prejuízo líquido de R$ 311 milhão, reduzindo em 76% o prejuízo de R$ 1,295 bilhão registrado no mesmo período do ano passado (3T23). De janeiro a setembro, o prejuízo líquido foi de R$ 1,303 bilhão, redução de 33,8% em comparação ao mesmo período de 2023, que registrou prejuízo de R$ 1,968 bilhão.

No 3T24, a companhia inaugurou 12 novas lojas, sendo todas no formato proximidade. No mesmo período, foram encerradas 10 lojas (6 de proximidade, 3 da bandeira Extra Mercado e 1 Pão de Açúcar).

O Lucro Bruto alcançou R$ 1,2 bilhão no 3T24, com uma margem de 27,7%, o que representa uma melhora de 1,1 p.p. em relação ao 3T23. Essa evolução contínua do Lucro Bruto em comparação ao ano anterior deve-se, principalmente, a aceleração dos ganhos nas negociações comerciais; aos ajustes operacionais em nossas bandeiras e formatos; ao crescimento das receitas de retail media; e a redução dos custos logísticos, parcialmente impulsionada pelo projeto de Orçamento Base Zero.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 399
milhões, recuo de 64,7% em relação ao 3T23. De janeiro a setembro, o Ebitda ajustado foi de R$ 1,166 bilhão, queda de 27% em comparação ao mesmo período de 2023. Segundo o GPA, esses resultados destacam a consistência do processo de turnaround da companhia, evidenciando uma expansão contínua na margem EBITDA Ajustado.

A margem Ebitda ajustado líquida atingiu 8,9%, queda de 16,9 pontos percentuais em comparação a 3T23. De janeiro a setembro, a margem Ebitda ajustado foi de 8,6%, recuou de 3,8 pontos percentuais em comparação ao mesmo período de 2023.

A receita líquida foi de R$ 4,494 bilhões, crescimento de 2,8% em relação ao mesmo período de 2023. De janeiro a setembro, a receita líquida foi de R$ 13,569 bilhões, alta de 5,1 pontos percentuais em comparação ao mesmo período de 2023.

No 3T24, as vendas totais foram de R$ 4,8 bilhões, com um aumento de 1,9%. Excluindo o formato Aliados, modelo de venda direta para pequenos comércios, as vendas atingiram R$ 4,6 bilhões, com um crescimento de 4,5%. O formato Proximidade segue em destaque, com aumento de 13,7%, suportado pela abertura de 43 lojas nos últimos 12 meses (sendo 12 lojas no 3T24). As novas lojas continuam apresentando maturação acelerada (aproximadamente sete meses, em média).

“O 3T24 apresentou um menor impacto de sazonalidade em comparação com o trimestre anterior, com o crescimento anual acelerando mês a mês. Ao longo do trimestre, mantivemos nossa disciplina na execução do plano de recuperação da rentabilidade e na melhoria da experiência do cliente. Obtivemos, mais um trimestre, um aumento no volume das nossas operações e ganhos de market share”, explicou a companhia.

No período de 12 meses encerrado no terceiro trimestre de 2024 (3T24), a dívida líquida foi reduzida em R$ 1 bilhão, excluindo os recebíveis não descontados. Essa redução foi impulsionada pelas vendas de ativos não core e pela oferta pública primária de ações, que totalizaram R$ 1,9 bilhão, além da Geração de Caixa Livre Operacional, que atingiu R$ 366 milhões, refletindo uma melhora de R$ 216 milhões em relação ao mesmo período do ano anterior. A alavancagem financeira pré-IFRS 16, calculada pela dívida líquida sobre o EBITDA Ajustado pré-IFRS 16 (que inclui as despesas de aluguéis), caiu para 2,9x, uma diminuição significativa de 5,9x em comparação com o 3T23.