Lucro líquido da Petroreconcavo cresce 9% no 3° trimestre de 2024

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São Paulo, SP – A Petroreconcavo divulgou na noite de ontem (7) o balanço do terceiro trimestre de 2024 (3T24), com lucro líquido de R$ 158,4 milhões, alta de 9% em comparação com no mesmo período do ano passado (3T23). De janeiro a setembro, o lucro líquido foi de R$ 405 milhões, queda de 22% em relação aos nove primeiros meses de 2023. A companhia destacou que a rubrica de impostos foi de R$ 37 milhões negativo versus R$ 83 milhões positivo no trimestre anterior, impactado positivamente principalmente pelo pagamento de juros sobre capital próprio no segundo trimestre de 2024.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) foi de R$ 439,4 milhões, alta de 16% em relação ao 3T23. De janeiro a setembro, o Ebitda foi de R$ 1,240 bilhão, alta de 20% em comparação ao mesmo período de 2023.

A receita líquida foi de R$ 850,1 milhões, alta de 14% em relação ao mesmo período do ano passado (3T23). De janeiro a setembro, o receita líquida foi de R$ 2,421 bilhão, alta de 14% em comparação ao mesmo período de 2023.

O Resultado Financeiro Líquido foi negativo em R$ 40 milhões no trimestre, 81% menor que o trimestre anterior, em função do aumento na variação cambial dos passivos denominados em moeda estrangeira e na marcação a mercado do valor justo dos instrumentos financeiros derivativos contratados na modalidade collars.

Além disto, a Companhia dolarizou a dívida referente a emissão das debêntures por meio de uma operação de swap cambial, cuja mensuração do valor justo é feita trazendo a valor presente de mercado. Essa variação é registrada no resultado do exercício. A Companhia tem por estratégia dolarizar suas dívidas tendo em vista que a quase totalidade de suas receitas são denominadas em Dólares Norte-Americanos, buscando assim reduzir o risco de descasamento dos fluxos de caixa futuros.

O caixa gerado pelas atividades operacionais no trimestre totalizou R$ 521 milhões, redução de 17% em relação ao trimestre anterior, conforme desempenho operacional já mencionado. Essa variação trimestral reflete o impacto positivo do capital de giro no 2T24, devido à redução nos saldos de impostos a compensar no trimestre anterior. O caixa aplicado nas atividades de investimento totalizou R$ 124 milhões no trimestre, versus R$ 1,029 bilhão aplicados no trimestre anterior.

O volume médio total de barris hedgeados para o próximo trimestre é de aproximadamente 4,2 mil boe/dia, o que representa cerca de 15,9% da produção média 9M24 (26,3 mil boe/dia), conforme tabela acima. Em relação à produção de petróleo, a produção hedgeada corresponde a 27,6% da produção média de petróleo acumulada (15,2 mil bbl/dia).

O cálculo do custo médio de produção (lifting cost) é a soma dos custos totais de produtos
vendidos, ajustados pela movimentação dos estoques, excluindo-se os custos com vendas,
aquisição, processamento, escoamento e transporte do gás, os royalties, a depreciação, a
amortização e a depleção, além dos custos dos serviços prestados, dividido pela produção
bruta total em barris de óleo equivalente (boe). O custo médio de produção do 3T24 foi de US$ 13,77/boe, aumento de 13% em relação ao 2T24, refletindo aumento dos custos.

ENDIVIDAMENTO

A companhia finalizou o trimestre com dívida bruta de R$ 2,3 bilhões, tendo realizado a 1 emissão de debêntures simples que com o valor justo dos swaps no trimestre equivale a R$ 1,3 bilhões. Essa emissão deu início a uma nova estratégia de estrutura de capital, com o objetivo de otimizar a alocação de recursos. Nesse trimestre, foi efetuado o pré-pagamento da dívida de US$ 60 milhões referente à aquisição dos campos de Tiê e Tartaruga, visando a redução do custo de dívida da Companhia, que saiu de 8,95%, em dezembro de 2023, para 7,51% ao final de setembro. Além disso, o prazo médio da dívida aumentou de 1,57 ano para 3,68 anos. A Dívida Líquida, no período, considerando a geração operacional e os dispêndios de caixa foi de R$ 775 milhões, queda de 12% em relação ao saldo de 2023. A relação Dívida Líquida/EBITDA dos últimos 12 meses é de 0,52x.

DIVIDENDOS

O Conselho de Administração da petroleira aprovou a distribuição de dividendos no valor bruto de R$ 379 milhões, correspondente ao valor bruto de R$ 1,293078 por ação ordinária.

O valor por ação poderá ser modificado para atender ao exercício de opções de compra de
ações outorgadas com base nos Planos de Opção de Compra de Ações da Companhia e/ou por eventual aquisição de ações dentro do Programa de Recompra de Ações da Companhia.

Farão jus ao recebimento do Dividendos os acionistas inscritos nos registros da Companhia em 12 de novembro de 2024, sendo que as ações serão negociadas ex-dividendos a partir de 13 de novembro de 2024. O pagamento será realizado aos acionistas no dia 26 de novembro de 2024.