RADAR DO DIA: Inflação nos EUA; Lula recebe Múcio; Serviços no Brasil

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Foto: Grabowska/Pexels

São Paulo, SP – Os índices futuros americanos e as bolsas europeias abriram em queda. O dia será marcado pela divulgação do Indice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em
inglês), referente a outubro, nos Estados Unidos. Em setembro, o CPI subiu 0,2% em relação a agosto, mantendo a variação do mês anterior. Em 12 meses, a inflação recuou de 2,5% para 2,4%. O núcleo da inflação, que desconsidera as variações de preços de alimentos e energia, avançou de 0,3% em relação a agosto. Na comparação anual, o núcleo passou de 3,2% para 3,3%. Amanhã será divulgado o Indice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês).

Ontem, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de Minneapolis, Neel Kashkari, disse que o Fed pode ter que reconsiderar um novo corte na reunião de dezembro se a inflação “surpreender para cima” no próximo mês. Ele evitou comentar como as políticas econômicas propostas pelo presidente eleito Donald Trump poderiam afetar as expectativas do Fed para uma série de cortes adicionais nas taxas de juros em 2025, destacando que o banco central não pode incorporar mudanças em seus modelos até que as ações sejam implementadas.

Logo após confirmar o corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, afirmou que a atividade econômica continuou a expandir em ritmo sólido, reforçando que apesar de a inflação norte-americana ter caminhado para a meta de 2%, continua em patamares elevados. Segundo ele, o Fed continuará a avaliar os novos dados econômicos que surgirem para tomar suas próximas decisões.

Por aqui, hoje saem os números do setor de Serviços referente a setembro, que deve avançar 0,60% ante agosto. No comparativo com o mesmo período de 2023, é projetado uma alta de 3,10%. As estimativas foram calculadas pelo Termômetro CMA. As previsões de 6 instituições financeiras consultadas para o resultado mensal variam entre +0,20% e +0,80%, com a média das projeções em +0,57%. Na comparação com setembro do ano anterior, as previsões de 7 “casas” consultadas variam entre +1,70% e +3,70% (média em +2,90%).

Em Brasília, o ministro da Defesa, José Múcio, tem um encontro marcado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na tarde desta quarta-feira (13), no Palácio do Planalto. A reunião ocorre em meio ao pedido do mandatário para inserir a pasta no esforço para cortar gastos do governo federal, que vem sendo elaborado pela equipe econômica nas últimas semanas. Embora a reunião com Lula não tenha tido uma pauta definida, interlocutores de Múcio afirmam que a agenda em nada tem a ver com corte de gastos. O encontro, segundo apurou a CNN, é para assinar a promoção de oficiais generais, que geralmente acontece nesta época do ano.

Além das definições com a Defesa, a equipe econômica também aguarda o aval de Lula para apresentar a proposta aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), antes de divulgar para o público. Segundo Haddad, a estratégia faz parte de uma cortesia com os líderes do Legislativo. Mas também há um cálculo político envolvido, tendo em vista que serão enviadas uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e um projeto de lei complementar. Então, o governo vai precisar de força e convencimento para conseguir avançar com os textos nas Casas.

O Senado analisa e pode votar hoje o projeto de lei complementar (PLP) 175/2024, que regulamenta o pagamento de emendas parlamentares. Aprovada pela Câmara dos Deputados na semana passada, a matéria estabelece regras de transparência e execução de despesas sugeridas por senadores e deputados no Lei Orçamentária Anual (LOA).

O texto é uma tentativa de resolver o impasse sobre o pagamento das emendas individuais
impositivas. Conhecidas como “emendas Pix” ou de transferência especial, elas somam R$ 8 bilhões em 2024. A liberação está suspensa por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que exige regras sobre controle social, transparência, impedimento e rastreabilidade.

No setor corporativo, a Gol divulgou o balanço do terceiro trimestre de 2024, com prejuízo
líquido de R$ 830 milhões, recuou de 36,2% em relação ao prejuízo líquido registrado no mesmo período de 2023 (3T23). De janeiro a setembro, o prejuízo líquido foi de R$ 951 milhões, acima do prejuízo de R$ 124 milhões registrado nos nove primeiros meses de 2023.

A Bradespar divulgou o balanço do terceiro trimestre de 2024, com lucro líquido de R$ 400,6 milhões, recuou de 6,7% em relação ao mesmo período de 2023 (3T23). A receita operacional foi R$ 502 milhões, queda de 3,4% na comparação com o 3T23. O resultado financeiro foi de R$ 11,5 milhões, redução de 16,2% na comparação anual.

A Raízen divulgou o balanço do do segundo trimestre, safra 2024/2025 (2T25), com prejuízo líquido de R$ 158,3 milhões, revertendo o lucro líquido de R$ 28,4 milhões registrado no período de 2T24, e R$ 907,5 milhões nos primeiros 6 meses da safra (6M24/25), alta de 29,7% na comparação ao 6M23/24.

A CSN divulgou na noite de ontem (12) o balanço do terceiro trimestre de 2024 (3T24), com prejuízo líquido de R$ 750,9 milhões, revertendo o lucro líquido de R$ 90,7 milhões registrado no mesmo período de 2023, e queda de 236,8% em relação ao segundo trimestre deste ano.

A CSN Mineração divulgou na noite de ontem (12) o balanço do terceiro trimestre de 2024 (3T24), com lucro líquido de R$ 446,3 milhões, recuo de 62,8% em relação ao mesmo período de 2023, refletindo o impacto do preço do minério mais fraco no resultado operacional, além do efeito da variação cambial e do fato de o trimestre anterior ter sido positivamente impactado por operações de hedge de minério que não voltaram a ser realizadas neste trimestre.

A IRB divulgou na noite de ontem (12) o balanço do terceiro trimestre de 2024 (3T24), com lucro líquido de R$ 115,9 milhões, alta de 142,8% em relação com o mesmo período de 2023 (3T23). De janeiro a setembro, o lucro líquido foi de R$ 260 milhões, alta de 240,8% em comparação ao mesmo período de 2023. O maior lucro líquido foi influenciado pelo bom resultado de subscrição e pelo resultado financeiro e patrimonial.

A Eneva divulgou na noite de ontem (12) o balanço do terceiro trimestre de 2024 (3T24), com lucro líquido de R$ 102,7 milhões, revertendo o prejuízo líquido de R$ 86,9 milhões registrado no mesmo período de 2023. De janeiro a setembro, o lucro líquido foi de R$ 1,108 bilhão, alta de 118,1% em comparação ao mesmo período de 2023.

A Raízen informo u que, nesta data, sua controlada Raízen Energia S.A. assinou, com a Alta Mogiana S/A, a venda de até 900 mil toneladas de cana-de-açúcar, incluindo cana própria e cessão de contratos com fornecedores, pelo montante aproximado de até R$ 381 milhões, à vista, em moeda nacional e no fechamento da operação, o que representa um valor de aproximadamente USD 75/tonelada de cana. Consequentemente, o efeito contábil desta transação será um ganho líquido, após tributos incidentes, estimado em R$ 300 milhões, a ser reconhecido ainda no ano safra 2024/25.

A SLC Agrícola reportou prejuízo líquido de R$ 17,282 milhões no terceiro trimestre de 2024 (3T24), revertendo o lucro líquido de R$ 167,272 milhões registrado no mesmo trimestre de 2023. Nos nove meses do ano, o lucro líquido foi de R$ 533,073 milhões, queda de 51,1% na comparação anual, segundo a empresa, “uma redução importante quando comparado à 2023, em função principalmente do menor Resultado Bruto da soja e do milho, impactados pela queda de área plantada, produtividade e preços dessas culturas.”

O lucro líquido recorrente da CAIXA foi de R$ 3,3 bilhões no 3T24, aumento de 0,7% na comparação com o 3T23 e redução de 0,7% em relação ao 2T24. No 9M24, o lucro foi de R$ 9,4 bilhões, crescimento de 21,6% quando comparado ao 9M23.

A Hapvida registrou prejuízo líquido de R$ 71,3 milhões no terceiro trimestre de 2024 (3T24), queda de 65,5% na comparação com o prejuízo de R$ 206,7 milhões registrado no mesmo período do ano passado. O lucro líquido ajustado da Hapvida totalizou R$ 324,5 milhões no 3T24, um aumento de R$ 63,5 milhões na comparação com o 3T23 e uma redução de R$ 165,8milhões com relação ao 2T24. No acumulado do ano, o resultado foi 156,3% superior ao 9M23.

A CVC Corp apresentou uma redução de R$101,9 milhões no prejuízo do 3T23, atingindo um lucro de R$14,4 milhões, voltando a registrar lucro desde o terceiro trimestre de 2019. Nos nove meses de 2024 a redução nos prejuízos foi de R$340,3 milhões.

A Vivara informa sobre a aprovação de processo sucessório para a posição de diretor presidente (CEO) da Companhia. Em reunião do Conselho de Administração realizada nesta data, Icaro Borrello, atual Chief Operating Officer (COO) e Diretor Estatutário, foi eleito como Diretor Presidente, e, de maneira interina, Diretor Financeiro e Diretor de Relações com Investidores da Companhia, em vista da renúncia apresentada por Otavio Chacon do Amaral Lyra.

O conselho de administração da Bradespar aprovou proposta da diretoria, divulgada por meio de fato relevante em 31.10.2024, para pagar juros sobre o capital próprio no montante de R$ 342 milhões. O pagamento ocorrerá em 21.11.2024 pelo valor líquido de R$0,694445637 por ação ordinária e R$0,763890201 por ação preferencial.

A B3 informou que o volume financeiro médio diário do segmento listado (ações) totalizou R$ 22,306 bilhões no mês de outubro, queda de 3,9% na comparação anual, segundo destaques operacionais da companhia no mês passado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta terça-feira. Em relação ao mês anterior, o recuo foi de 3,1%.

A Allos celebrou Memorandos de Entendimento (MOUs) para o desinvestimento da totalidade de sua participação de 50% no Rio Anil Shopping, em São Luís (MA). O valor total da operação é de R$186,2 milhões que corresponde ao cap rate de 8,5%, baseado no NOI de 2024.

A Mobly, uma das principais empresas de e-commerce de móveis e decoração do Brasil, concluiu a aquisição de 61,11% do capital social votante da Tok&Stok, uma das marcas mais tradicionais e reconhecidas no setor. A operação marca um passo estratégico importante, pois a Mobly passa a controlar a Tok&Stok, fortalecendo sua posição e diversificando seu portfólio de produtos e serviços.