Lucro líquido da Cosan recua 57% no 3° trimestre de 2024

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São Paulo, SP – A Cosan registrou lucro líquido consolidado de R$ 293 milhões no terceiro trimestre de 2024, queda de 57% ante o mesmo intervalo do ano anterior. Na comparação
com o 3T23, o resultado diminuiu em R$ 386 milhões, afetado pela menor contribuição dos negócios via equivalência patrimonial e pela base de comparação positivamente impactada pela contabilização dos dividendos recebidos da Vale.

No ano, a companhia totaliza prejuízo líquido de R$ 126 milhões, queda de 90% na comparação com igual período de 2023.

Ao final do trimestre, a dívida líquida da Cosan era de R$ 21,7 bilhões, de R$ 21,6 bilhões no 2T24. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida por ebitda, encerrou o período em 2,9 vezes, versus 2,7 vezes no 2T24, reflexo do maior consumo de caixa na Raízen, devido à sazonalidade típica de início de safra, e na Compass, pelo pagamento de dividendos e aquisição da Compagas.

“Ao final do 3T24, o saldo da dívida bruta corporativa era de R$ 24,2 bilhões. No período, houve redução de R$ 1,4 bilhão em comparação com o 2T24 e capturamos eficiências com a melhora no custo médio de dívida de CDI+1,41% para CDI+1,37%, bem como mantivemos o prazo médio da dívida alongado, em linha com 2T24”, comentou a empresa.

O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) sob gestão, que considera 100% do ebitda ajustado dos negócios do conglomerado e, para Vale, a participação da companhia por meio de equivalência patrimonial, foi de R$ 8,2 bilhões, ante R$ 8,1 bilhões no 3T23.

Segundo a administração, os negócios encerraram o trimestre com resultados de acordo com o planejado para o ano. Por ebitda ajustado, a Raízen apresentou queda de 2% na comparação com o 3T24, para R$ 3,6 bilhões; a Rumo contribuiu com R$ 2,2 bilhões (+22%); a Compass somou R$ 1,3 bilhão (0%); a Vale totalizou R$ 534 milhões (+39%); a Moove, R$ 385 milhões (+9%) e a Radar reportou R$ 143 milhões (-73%).

Na Rumo, o desempenho foi impulsionado por maiores volumes e margens, resultado do crescimento da tarifa média. O resultado da Compass é reflexo da recuperação dos volumes e da evolução das operações da Edge.

A Moove apresentou resultado superior refletindo a execução contínua da estratégia comercial e inteligência de suprimentos. Na Radar, o resultado com arrendamento foi em linha com o ano anterior e o EBITDA foi impactado pelo phasing de reavaliação das terras.

A Raízen foi impactada principalmente pelo menor preço de etanol, que foi compensado pelo melhor resultado do açúcar. E a Vale contribuiu via equivalência patrimonial proporcional à participação da Cosan, sem base de comparação no 3T23.

“Como destaques da gestão de portfólio nesse trimestre tivemos (i) a aquisição pela Moove da totalidade das ações da DIPI Holdings S.A., (ii) a alienação da fazenda Vista Alegre na Radar e (iii) na Compass a conclusão da aquisição do controle da Compagas e como evento subsequente a venda da participação em Norgás S.A”, citou a empresa.