Boletim Macrofiscal eleva projeção de crescimento do PIB em 2024 para 3,3%; previsão de inflação sobe a 4,40%

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São Paulo, 18 de novembro de 2024 – A projeção para o crescimento do PIB de 2024 foi elevada de 3,2% para 3,3%. A previsão faz parte do Boletim Macrofiscal de novembro, divulgado pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda. Para 2025, o crescimento teve projeção mantida em 2,5%.

 

“Mudanças marginais levaram à revisão na estimativa de crescimento, com destaque para o ligeiro aumento na expectativa de expansão do PIB no terceiro trimestre. Para os próximos dois trimestres, projeta-se crescimento da atividade, embora em ritmo inferior ao observado nos dois primeiros trimestres de 2024”, aponta o boletim.

 

As projeções de crescimento por setor produtivo quase não se alteraram. Para a agropecuária, a variação esperada para o PIB de 2024 passou de -1,9% para -1,7%, já incorporando revisões nas expectativas para as colheitas de laranja, café, trigo, algodão e cana-de-açúcar, além dos dados preliminares de abate do terceiro trimestre. Para a indústria, a expectativa de crescimento em 2024 se manteve em 3,5%, guiada pelo bom desempenho projetado para a transformação e construção. A projeção para a expansão dos serviços subiu ligeiramente, passando de 3,3% para 3,4%.

 

Para o terceiro trimestre de 2024, a projeção de crescimento subiu de 0,6% para 0,7%, ainda implicando em desaceleração moderada do ritmo de atividade na margem. A mudança na projeção reflete pequenas revisões nas estimativas de crescimento para o setor agropecuário e de serviços. Na margem, a perspectiva é de desaceleração no ritmo de crescimento, principalmente em função da forte expansão observada no segundo trimestre. Na comparação interanual, no entanto, projeta-se aceleração do crescimento, de 3,3% no segundo trimestre para 3,9% no terceiro.

 

Inflação

 

A previsão para a inflação medida pelo IPCA avançou de 4,25% para 4,40% em 2024. O IPCA para 2025 está projetado em 3,60% ao ano, contra previsão de 3,40% no boletim de setembro. “Até o final do ano, deverá haver desaceleração nos preços de monitorados, repercutindo, principalmente, mudanças esperadas nas bandeiras tarifárias de energia elétrica”, aponta o Boletim.

 

Segundo o texto, os preços livres, no entanto, devem seguir em aceleração, refletindo a dinâmica dos preços de itens mais voláteis, mais afetados pelo câmbio e clima. “Nesse sentido, vale notar que a previsão de inflação para a média das cinco principais medidas de núcleo se manteve em 4,00%. No caso da inflação medida pelo IGP-DI, a previsão para 2024 avançou de 3,80% para 6,40%”, conclui.

 

Dylan Della Pasqua / Safras News

 

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