São Paulo- Durante encontro ontem com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, representantes da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) discutiram como a energia solar fotovoltaica pode ser uma ferramenta estratégica para a transição energética e o combate à crise climática.
“Para o Brasil se tornar a potência sustentável que se almeja, é preciso inverter a lógica de políticas públicas no setor de energia: diminuir subsídios, incentivos e desonerações às fontes fósseis e aumentar o apoio às fontes limpas e renováveis, bem como às novas tecnologias de armazenamento energético e o próprio H2V. É nesta direção que o mundo caminha e é isso que a sociedade brasileira e a comunidade internacional esperam de nossos líderes, comentou Rodrigo Sauaia, presidente executivo da Absolar.
Entre os assuntos tratados, esteve também o potencial de desenvolvimento de um mercado competitivo de hidrogênio verde (H2V) no Brasil, “ajudando a posicionar o País como protagonista mundial na geopolítica de transição energética com este combustível limpo, que é produzido a partir de fontes renováveis, como solar e eólica”, conforme disse a Absolar.
“O maior apoio às fontes renováveis também pode impulsionar o processo da chamada reindustrialização verde, atraindo novas fábricas para o Brasil, com mais capital estrangeiro, novas oportunidades de negócios e novas tecnologias”, acrescenta.
A entidade também recomendou a inclusão da fonte solar fotovoltaica como alavanca para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do País, em especial com a oportunidade de uso da tecnologia na habitação de interesse social, como casas populares do programa Minha Casa Minha Vida, bem como em escolas, hospitais, postos de saúde, delegacias, bibliotecas, museus, parques etc.
No caso das grandes usinas solares, a associação propôs um maior protagonismo da fonte solar nas contratações de leilões de energia elétrica do governo federal, já que a solar é mais competitiva no País e ajuda na redução da conta de luz da população.
O encontro com o ministro Haddad também contou com a participação de demais membros da entidade, como Bárbara Rubim, vice-presidente de geração distribuída, Camila Ramos, vice-presidente de Investimentos e Hidrogênio Verde, Ricardo Barros, vice-presidente de geração centralizada, e Rodrigo Pedroso, conselheiro fiscal.
“A fonte solar ajuda a diversificar o suprimento de energia elétrica do País, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e o risco de mais aumentos na conta de luz da população. A Absolar, na reunião, recomendou que o governo “amplie o uso da energia solar fotovoltaica para acelerar a atração de investimentos, geração de empregos e renda, fortalecer a sustentabilidade