Ação da TIM fica entre maiores quedas antes de balanço e após análise do Cade

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São Paulo – As ações da Tim fecharam entre as maiores quedas do Ibovespa hoje no dia da divulgação do seu balanço do segundo trimestre e após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) classificar a operação de venda de ativos móveis da Oi para as suas concorrentes (Claro, Vivo e Tim) como “complexa”. Ao fim do pregão, as ações da companhia (TIMS3) caíram 2,54%, a R$ 11,51, um pouco menos que as de Magazine Luiza, que recuou 2,61% e foi a maior perda do dia.

A superintendência-geral do Cade considerou a compra de ativos da operação móvel da Oi pela Tim, Telefônica Brasil (dona da marca Vivo) e Claro (da mexicana América Móvil) como complexa e aprofundará a análise para autorizar a aquisição, depois de ter pedido às companhias que entreguem mais informações até o dia 6 de agosto.

Em nota técnica publicada no site do Cade na última sexta-feira (23) à noite, a autarquia explicou que, de acordo com a análise feita até o momento, a operação resulta “em importante sobreposição horizontal no mercado relevante de Serviço Móvel Pessoal (SMP)” e “afeta mercados situados à montante que fornecem insumos fundamentais” à prestação do serviço.

A Tim, a Telefônica Brasil e Claro venceram em dezembro do ano passado o leilão para comprar, por R$ 16,5 bilhões, as operações de redes móveis da Oi, que está em recuperação judicial desde 2016 e vendeu uma série de ativos para reduzir sua dívida.

A operadora também divulga hoje, após o fechamento do mercado, os seus resultados trimestrais. O BTG, por exemplo, espera que a companhia mostre lucro líquido de R$ 340 milhões no segundo trimestre, uma alta de 27% frente ao mesmo período do ano anterior.

Já a receita líquida deve somar R$ 4,385 bilhões, avanço de 10% na mesma comparação, enquanto o ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) deve alcançar R$ 2,084 bilhões, crescimento de 5% na base anual, de acordo com os analistas do banco.