São Paulo – As ações da Eletrobras registram alta após a empresa ser notificada ontem sobre a edição de Medida Provisória(MP) que trata do processo de privatização da companhia. Às 15h55 (horário de Brasília) os papéis ELET6 e ELET3 subiam 5,41% e 4,95%, respectivamente, para R$ 34,46 e R$ 34,28.
“A referida MP possibilita o início dos estudos da modelagem da privatização, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e inclui algumas modificações no texto do Projeto de Lei de desestatização da Eletrobras número 5.877/1209 (“PL”), encaminhado em 5 de novembro de 2019, pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, e que ainda não foi aprovado”, disse a Eletrobras em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A capitalização da Eletrobras está condicionada à conversão da MP em lei, mediante aprovação pelo congresso.
Entre as modificações no projeto de lei, a companhia destaca a inclusão da prorrogação, por 30 anos, da usina hidroelétrica de Tucuruí, de sua controlada Eletronorte, que atualmente já está no regime de produtor independente (e não sob regime de cotas).
Na avaliação dos analistas do banco BTG Pactual, a edição da Medida Provisória pode acelerar o processo de privatização, mas ainda existem riscos de o texto expirar de ser aprovado na Câmara e no Senado.
“Não mudamos nossas estimativas para a Eletrobras e ainda assumimos em nossos números 50% chance de privatização, que se traduz em um preço-alvo de R$ 63 para a ELET6. Evidentemente, há mais valor significativo a ser desbloqueado se uma privatização for bem-sucedida. Nesse caso, nosso preço-alvo para ELET6 pula para R$ 75”, disse o banco.