São Paulo – O BTG Pactual elevou o preço-alvo das ações da Petrobras para R$ 14, mas manteve a recomendação de compra neutra em relatório divulgado hoje.
Na avaliação dos analistas do banco, se as vendas das principais refinarias não forem concluídas a tempo, o risco do barulho político durante o ano eleitoral que se aproxima pode ser um entrave para o plano de desinvestimentos da estatal.
“Permanecemos neutros à medida que continuamos a ver uma recompensa-risco binária e esperamos que as ações continuem sendo negociadas em níveis de valorização descontados”, disse o BTG.
Em relação a oferta pública secundária (follow on) para a venda de sua participação remanescente de 37,50% na BR Distribuidora, o BTG diz que o processo é uma indicação de que nenhuma mudança abrupta na estratégia de alocação de capital da Petrobras está em andamento.
“Desde nosso rebaixamento, argumentamos que isso é fundamental para restaurar a confiança de que a Petrobras continuaria a se tornar uma empresa mais enxuta e ágil, e que seu caminho de desalavancagem não estava em risco”,
disseram os analistas do banco.
O Credit Suisse também comentou sobre a Petrobras e viu como positiva a notícia de que a companhia receberá US$ 2,94 bilhões por acordo de coparticipação de búzios com a Pré-sal Petróleo (PPSA) e as parceiras CNODC Brasil Petróleo e Gás (CNODC) e CNOOC Petroleum Brasil (CNOOC).
Na avaliação dos analistas do banco, a entrada do valor no caixa ajuda a Petrobras a atingir a meta de dívida bruta de US$ 60 bilhões, acionando a nova política de dividendos antes do fim deste ano.
“Os US$ 2,94 bilhões de compensação, mais potencial desinvestimento da BR Distribuidora e a geração de caixa orgânico para o resto do ano, que pode ser superior US$ 12 bilhões, nos faz acreditar que a Petrobras deve atingir a meta de dívida bruta provavelmente no terceiro trimestre.”
Às 12h46 (horário de Brasília) as ações da Petrobras (PETR4 e PETR3) registravam altas de 1,85% e 1,63%, respectivamente.