Ações de empresas de telecomunicações estão baratas e são resilientes, diz BTG Pactual

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São Paulo – O BTG Pactual soltou um relatório analisando a situação das grandes empresas de telecomunicações brasileiras. Na opinião dos analistas do banco, o setor pode ser uma boa opção para investidores que buscam ações de valor e buscam reduzir os níveis de risco do portfólio e escolhe a TIM entre as grandes empresas de telecomunicações da América Latina.

“As grandes empresas de telecomunicações do Brasil têm modelos de negócios resilientes, balanços sólidos e caixa geração de fluxo e devem se beneficiar da consolidação do setor. Enquanto a Vivo e a TIM oferecem interessantes oportunidades de investimento, esta última ganha mais com a fusão com Oi e negocia em uma valorização menor vs. Vivo (3,9x vs. 4,7x 2022E EV/EBITDA)”, explica a análise.

Além disso, diz o BTG, a Vivo e – principalmente – a TIM, devem ser capazes de otimizar os investimentos de rede por meio da aquisição e reduzir as vendas de capex- to -sale. Para a Vivo, a queda de capex pode ser marginal, mas para a TIM pode ter um impacto relativamente grande. A TIM espera que o capex-to-sales caia 2-3p.p. após a integração.

Os especialistas consideram, também, que a aquisição da Oi Mobile deve impulsionar geração de caixa do setor, já que as grandes empresas de telecomunicações do Brasil estão praticamente desprovidas de crescimento de receita, enquanto os ganhos de margem parecem estar se estabilizando após anos de ganhos consistentes. A aquisição da Oi celular pelo consórcio TIM-Vivo-Claro pode desencadear o próximo ciclo de expansão de margem e otimização de capex, especialmente para a TIM.

Do lado negativo, a Claro foi a que mais sofreu com grandes quedas de receitas fixas no 1T22, enquanto o crescimento da receita da Vivo foi prejudicado por seu legado de negócios.