Ações de saúde lideram Ibovespa após dados de crescimento de planos; veja análises

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São Paulo – As ações de saúde sobem após a divulgação de dados do setor pela agência reguladora que indicam crescimento. Às 16h21 (horário de Brasília), estavam entre as maiores altas do Ibovespa os papéis de Sul América (SULA11, +5,89%), Rede D’Or São Luiz (RDOR3, +5,77%) e Hapvida (HAPV3, +5,42%).

Segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) houve um aumento de 249 mil beneficiários em junho, com todas as regiões agregando beneficiários à sua base. O Sudeste continua na liderança, tendo as maiores adições líquidas com 155 mil, seguido pelo Nordeste com 30 mil, Sul com 29 mil, Centro-Oeste com 26 mil, enquanto o Norte teve as menores adições líquidas de 8 mil.

O Bank of America (BofA) destacou o aumento de 122 mil para Hapvida (89 mil adições líquidas para Grupo Notre Dame Intermédica e 32 mil para Hapvida), o que representa 49% do total de adições líquidas do período, enquanto Bradesco somou 14 mil beneficiários, SulAmerica 12 mil, Porto Seguro 10 mil, Unimed Belo Horizonte 9 mil e Amil 7 mil.

“Continuamos vendo um crescimento robusto para junho, com um aumento de cerca de 250 mil beneficiários em base mensal para o segmento, superior à média de 100 mil vidas por mês que vimos nos últimos doze meses. Para o Hapvida, embora vejamos um crescimento de 120 mil ante maio ou 240 mil na comparação trimestral, que são números robustos, acreditamos que pode haver um potencial erro do lado da ANS, o que pode levar a uma revisão nos próximos meses”, comentam os analistas do BofA, que esperam um ganho líquido de 95 mil vidas para o 2T22 da Hapvida.

O BTG Pactual também aponta um possível erro da ANS em seus números e reiteraram a previsão de crescimento orgânico do segundo trimestre de 90 mil para a Hapvida e cita que a companhia superou fortemente seus pares em junho, acrescentando 122 mil vidas, impulsionada principalmente, por vendas de planos de saúde.

Os analistas do BTG disseram que já esperavam números positivos para o setor pois o segundo e o terceiro trimestres são os mais fortes do ano em termos de vendas, mas que os dados da ANS podem ser enganosos e que, apesar do ligeiro impulso trimestral, os números do segundo trimestre devem adicionar riscos negativos às suas projeções para o ano inteiro.

Com isso, o BTG manteve suas preferências setoriais e continua a privilegiar Rede D’Or, Sul América (como uma forma mais barata comprar Rede D’Or), Hapvida, Viveo e Mater Dei, por avaliá-las como bem posicionados para jogar na tendência de crescimento e consolidação do mercado no setor de saúde.