Ações ligadas ao mercado imobiliário fecham pregão no topo do Ibovespa

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São Paulo – As ações do mercado imobiliário lideraram o Ibovespa nesta sexta-feira após a a Caixa Econômica Federal estender o prazo máximo do financiamento imobiliário do programa Casa Verde e Amarela de 30 para 35 anos. No fechamento dos negócios, as ações das construtoras Eztec (EZTTC3 ON), Cyrela (CYRE3 ON) e MRV (MRVE3 ON) fecharam no pódio da Bolsa de Valores de São Paulo, com elevações de 8,36%, 8,06% e 7,24%.

Para a XP Investimentos, a mudança é positiva e beneficia o poder dentro do programa e fortalece a rentabilidade da MRV e de outras construtoras de baixa renda. Além disso, a aprovação da medida para todas as faixas de renda do programa e para financiamentos nas tabelas SAC e PRICE, diminui as incertezas que havia sobre a amplitude da medida desde a sua primeira divulgação em maio.

“A MRV deve ser uma das empresas mais beneficiadas em nossa visão, dado a grande exposição dentro do programa e no faixa 2, possibilitando aumento de preços, colaborando para uma melhora de margem bruta significativa nos novos lançamentos”, concluiu a análise.

JHSF

Em dia de forte valorização das ações ligadas ao mercado imobiliário, outro destaque  no setor nesta sexta-feira foi a JHSF (JHSF3 ON), que fechou o pregão com ganho de 5,36%, a R$ 6,87.

O Bank of America (BofA) iniciou a cobertura da companhia com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 10,50, que implica em 69% de valorização sobre o preço atual da ação.

Em análise destaca que a atuação da construtora no desenvolvimento e gestão de empreendimentos multiuso de luxo e sua oferta de serviços para o público de alta renda, como shoppings, restaurantes e hotéis, o BofA cita como principais pilares da recomendação: a exposição única da empresa ao consumidor de luxo brasileiro, que considera um mercado mais resiliente, suas margens e retornos acima dos pares impulsionados por gestão de branding e serviços; crescimento proeminente, principalmente já contratado, considerando um pipeline de lançamentos de R$ 30 bilhões; e valorização atrativa mesmo em cenários de estresse, escreveram os analistas Aline Caldeira e Carlos Peyrelongue, do BofA.

Com Emerson Lopes / Agência CMA.