Alckmin prefere aguardar anúncio oficial dos EUA sobre tarifas à importação do aço e alumínio

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Vice-presidente Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

São Paulo, 10 de fevereiro de 2025 – O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, disse que a relação entre o Brasil e os Estados Unidos é de ganha-ganha e que prefere aguardar para se posicionar em relação a possível taxação do aço e alumínio pelo presidente Donald Trump, prevista para ser anunciada nesta segunda-feira.

“Em relação a Brasil e EUA, temos uma relação de 200 anos. É uma colaboração mútua, um ganha-ganha. No ano passado, o comércio entre os dois países cresceu e é equilibrado. Nós exportamos US$ 40,2 bilhões para os EUA, importante, em valor agregado, avião, automóvel, e eles exportam para nós até um pouco mais, US$ 40,5 bilhões”, disse Alckmin, em entrevista a jornalistas, em Valinhos (SP).

“Vamos aguardar ainda essa questão da taxação. Da outra vez que isso foi feito, teve cotas. Vamos aguardar. A nossa disposição é de, sempre, colaboração e parceria em benefício das nossas populações.”

Alckmin ressaltou que essa questão da taxação já aconteceu antes e reiterou que, na gestão anterior de Trump na presidência do país, houve cotas. “Acreditamos no diálogo. Isso já aconteceu antes, mas foram estabelecidas cotas. A parceria entre Brasil e EUA é equilibrada.”

Na tarde desta segunda-feira (10/2), Alckmin visitou a planta da Bionovis, em Valinhos (SP). Na oportunidade, o vice-presidente participou de evento para celebrar a aprovação da Anvisa para que a Bionovis produza, no Brasil, insumo farmacêutico ativo (IFA) do Infliximabe, uma experiência de sucesso na Política Estruturante das Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDP).

Com a aprovação, a Bionovis passa a ter condições de produzir 100% do IFA deste medicamento para o país, iniciativa em consonância com a Missão 2 da Nova Indústria Brasil (Complexo Econômico-Industrial da Saúde), de elevar de 45% (nível atual) para 50% até 2026, e a 70% até 2033 a produção nacional das necessidades do país de medicamentos, vacinas, equipamentos e dispositivos médicos, materiais e outros insumos e tecnologias em saúde.